CATENDE, QUEM TI VIU QUEM TI VER
Comentário da usina Catende
Quem não conhece Catende
Eu vou tentar descrever
Foi à usina maior
Que veio o estado ver
Com mais de 70 engenhos
Plantando cana pra ter
Sua produção já foi
A maior de Pernambuco
Na safra um milhão de sacas
De açúcar com mel bruto
Álcool pra destilaria
Fabricando em grande vulto
Os engenhos
E dos engenhos de Catende
Alguns eu vou relembrar
Tabaiaré Bela Aurora
Lajedo e Humaitá
Campina e Sumidouro
Monte Pio foi meu lugar
Capricho e Canto Flor
Pernambuco Prato Grande
Parnaso e Potozi
Corriente de Fernandes
Curupaiti e Caiçara
Souza é mais adiante
Também tem Balsamo da Linha
E tinha Balsamo das Freiras
O engenho Boas Novas
Fica perto da fronteira
Flor do Bosque, Buranhem
Limão, Camarão trigueira.
Boa vista, são João
Tinha são José da Prata
Pastinho e Palanqueta
Venturoso não faz falta
Santa Cruz, Espírito Santo
Engenho de muita mata
Tinha Pau Dá lho e Pau Sangue
Ousadia e Pirangi
Também a Serra da Prata
Ficava perto dali
Em Catende não se sabe
Se existe prata ali
Flor de Maira era o último
Engenho que conheci
Mangueira e Florescente
Eldorado eu nunca vi
Goiabeira e Veneza
Caprichinho de seu Luiz
Niterói e Monte Alegre
Esperança e Lajedo
Fanal da Luz Cachoeira
Porto Seguro Rochedo
Beleza era o engenho
De belo só os brinquedos
A usina Pirangi
Que a Catende comprou
Depois uniram as duas
E a produção mudou
As coisas foram mudando
Mas nada ali melhorou
Fecharam as duas usinas
O bom que era acabou-se
A produção de açúcar
Que antes era um coloço
Hoje se resume a nada
Parou os trens e as foices.
Saudades de Catende
A cidade
Não sei o que vou dizer
Nem sei o que vou falar
Porem quando alguém ler
É que pode se lembrar
Do que eu vou escrever
E o que vou relatar
Devo escrever em versos
Em rima ou poesia
A cidade de Catende
Para nos dá alegria
Relembrando muitas coisas
Que na cidade existia
Quem morou e quem nasceu
Nesta cidade pacata
Região de muita chuva
Fica na zona da mata
Na cidade de Catende
Ali carvão nunca falta
Mas pra falar da cidade
Uma coisa existia
Uma chuva de carvão
Que todo dia caia
Caindo em nossas cabeças
Sempre foi uma agonia
Mesmo assim a gente via
Todos com satisfação
Trabalhando e contentes
Dependendo do carvão
Pois se o carvão não caísse
Não se ganhava o pão
Também ali existia
Um bom relacionamento
Entre todos da cidade
E para todo momento
Chamava-se pelo apelido
Com todo consentimento
E teve alguns apelidos
Que se personificou
Por exemplo, Macaxeira
Muito sapato engraxou
Tamborete e Cabeção
Ninguém nunca reclamou
Tinha Mané Bacalhau
Paulo Bocão, Fale Baixo.
E tinha seu Zé do Galo
Era um fogueteiro macho
Zé Pequeno, Zé Pintado.
Zé da luz e Zé do facho
Tinha Marinho Tamanqueiro
Quem foi que não conheceu
Tinha ‘40’ o cantor
Quanta alegria deu
Cantando belas canções
Nos bailes que amanheceu
Giba Guiné e Doninha
Macaca de João Beltrão
João Carinha Curuçu
Orlando Doido e Torrão
Tinha Dera Cheio de Olho
Tinha Lulinha Tostão
Peninha, Nando e Babau
Tinha Zezinho 21
Tineco Tonho Jacaré
Dede Tana e mais algum
Porem tinha Pereirinha
Goleiro como nenhum
Lalau e Cara de Cabra
Machado e Jorge Ventinha
Saci, Pinguim e Sessenta
Grande jogador Deguinha
Rodia, Boi e Zé Bom.
Eram todos da terrinha
Dadai era um fotografo
Pedro Palmares acabou-se
João Doido o orador
Seu discurso era um colosso
Sozinho no meio da rua
Gritava até o pescoço
Tinha Rata Cabeluda
E tinha Zito Lebrão
Café com merda, Urubu
Dinho Lourinho e Lulão
Azar Golias e Piaba
Tinha Ivanildo Bolão
Gorilas e seu salão
Quando a gente ia pra lá
Passava a noite dançando
Sem vergonha de errar
Pois a gente ia somente
Para aprender a dançar
Bilaoia, Zé da Tripa
Balu, Doga e Tempero
Bode Rouco e Zulito
Juquinha e Zé Carneiro
Pincel e Garrafa Andando
Gafanhoto e Tamanqueiro
Tinha Zé Bico de Pato
E tinha Mané Gogo
Também tinha Luizão
Pau ferro era o maior
Tinha Zé Bicho do Mato
Zé Bonitinho Zé Cipó
Lua, Vavá, Maro Moco
Zé Bodinho, Bio Retratista
Também tinha Carlitão
Botava o carro na pista
Golias , Ivo Dedinho
Tinha Gogo e Zé da Tripa
Jota, Lula Camelinho
Bigode, e Tonho Romeu
Ioiô, Bié e Tomé
E Beto coto morreu
Tota Bio e Zé Perneta
Nelson do Bar, Aristeu.
Tinha Perna de Alegria
Tinha Caçote também
Borjão Tolote de Urso
Gosidila e mais alguém
E Braço de Radiola
Tenorinho sabe bem
E Laércio sapateiro
Que nunca deixou passar
Um caixão por perto dele
Pra que não fosse pegar
Na alça deste caixão
Mesmo sem lhe convidar
E Ivo Dedinho mentia
Como ninguém por ali
Pois certo dia ele disse
Que viu um boi engolir
Um bezerro que a vaca
Acabara de parir
Isso era em Catende
Onde ninguém vai mudar
Este jeito engraçado
Daquele povo de lá
Ali se tinha de tudo
Ate um criado mudo
Se ouviu ele falar.
Outros nomes conhecidos
Que a gente pode lembrar
De Zezé Alagoana
Sem querer menosprezar
Foi uma mulher que muitos
Teve que ir visitar.
Buguiugue , Estrelinha
Maria Cuscuz também
Maria Homem não tinha
Medo de andar de trem
Brigava com todo mundo
Não gostava de ninguém
Tata era afamada
Por ter grande inspiração
Todo mundo que ela via
Batizava com refrão
Gracinha de Antonio Manoel
Dizia algum palavrão.
Tinha Maria Ruída
Com o seu filho Martelo
Andava La pela rua
Era um menino amarelo
Andava sempre descalço
Porque não tinha um chinelo
Casas comerciais e donos
Também havia em Catende
Grande comércio por lá
Existia a Sodeco
E outros que vou falar
Relembrando alguns nomes
Que trabalhava acolá
Seu Miranda era o gerente
Na Sodeco trabalhou
Com alguns funcionários
Homens de grande valor
Otacílio e Amaral
Seu Lira muito ajudou
Tinha Eulina e Elcione
E tinha Eunice também
E Luiz da padaria
Seu Nino é outro que vem
Juquinha e Nicomedes
Seu Bibi fazia bem
As casas comerciais
Que também eu vou falar
A Sodeco a Vencedora
A gente pode lembrar
A Preferida a do povo
Zé Apolônio mostrar
Luciano da farmácia
Zuzinha e Severino
Dona Nice Durval Lins
O seu produto era fino
Dolores da Vencedora
Vendia até pro divino
Odorico e João Batista
Odilon grande doutor
Receitava todo mundo
Gente que lhe procurou
Com reza ou com remédio
Muita gente ele curou
Vamos então relembrar
Alguns nomes pra você
Tinha Jaime Albuquerque
O teatro fez nascer
E Juscelino Ribeiro
Ajudou ele crescer
Também tinha Zé de Souza
Que foi grande locutor
Da voz dos canaviais
De muita gente falou
Teve Pelopidas Soares
E também Zé Bianor
Seu Romeu e Josibias
Juca Ramos Abdoral
E tinha Amaro Soares
E também Zé Amaral
Mario Melo e Atahide
Vamos ver seu Nicolau
Vicente Ramos fundou
O escoteiro de lá
Onde formou muitos homens
Que hoje posso mostrar
E Antonio Luiz Couto
Veio daquele lugar
Rodrigues, Heleno, Aluizio
Zé Fernandes, Oziel
Amaro Izidio e Feitosa
Comandaram o quartel
Braga, Cinquenta e o Dois
Pra eles tiro o chapéu
Também posso relembrar
Que em Catende viveu
Manoel Ambrosio foi um
José de Sales e Tadeu
Luiz Pires e Aristides
Gente que não esqueceu
Zacarias, Jose Lins
Severino da conquista
Tinha Zeca Julião
E tinha seu João Batista
Seu Neco e seu Otávio
Gente que nos enche a vista
Tinha Abílio Santana
Também tinha seu Baiar
Tinha Eugenio Muniz
Barraqueiro do lugar
Chico Carlos Zé senhor
Luiz Parisio é de lá
Tinha Pelopidas Soares
Tinha Renato Calábria
Dr. Euclides era o médico
Que tinha grande jornada
E Zeca Lins era aquele
Que em Catende habitava
Osvaldo e seu Dede
Na usina trabalhou
Seu Lira e Jaime Dantas
Jaime Maciel mostrou
Milton Nunes Milton Burgos
A usina comandou
Tinha Edite Marinho
E tinha Edite Galvão
Conheci Dona Deó
Dona Helena Maranhão
Com o seu cachorro Jango
Era grande a confusão
Padre Barro ou Padre Egidio
Era o nosso pastor
E tinha Luiz Minelli
Que perto dele morou
Fernando Barros o prefeito
Que em Catende mandou.
Ali tinha Paulo Lobo
Também Amaro Epifanio
E tinha Manoel de Barro
Ezequiel era assombro
Da molecada na rua
Ele queria ser dono
Eu lembro que na usina
Tinha Manoel Pelado
Careca era jogador
Que foi muito afamado
Burjão filho de seu Lira
E tinha Luiz Calado
E também no escritório
Eu posso até relatar
Milton Nunes como chefe
Era de admirar
Seu Benigno e Luizinho
Trabalhava sem parar
Tinha Feitosa e Toinho
Adelson e Moacir
Tinha Oliveira e Osvaldo
Todos trabalhando ali
Tinha Aldo Celestino
Pesando cana dali
No escritório geral
Aurino Senna era o chefe
Tinha seu Abidoral
Outro que ninguém esquece
Balu Nogueira e Ernane
Gente que muito merece
Helio, Amaro Soares
Marcos Eudes e Zé Vicente
Tinha Moacir Buchudo
Giba era boa gente
Tinha Dede Azevedo
Sentado em nossa frente
Clubes de dança
Havia lá em Catende
Dois grandes salões de dança
Um para a sociedade
Onde tinha semelhança
De se brincar e dançar
Numa grande esperança
O outro salão também
Era só para operários
La da usina Catende
E tinha seu calendário
Das festas e dos hi-fis
Também tinha seu horário
Os estabelecimentos de ensino
Os estabelecimentos
De ensino da cidade
Quase todos estudamos
E em nossa mocidade
Lá no grupo da usina
O ensino era afamado
O grupo municipal
Tinha ginásio também
E o Santa Terezinha
Ensinava muito bem
Por último o Costa Azevedo
Passava o que lhe convém
Agora no Externato
11 de Setembro havia
Disciplina e muita ordem
E quem passava ali via
Dona Rilda dona Edite
Faziam o que bem queriam
Me lembro que certo dia
Manoel Pinheiro apanhou
Dona Rilda veio bater-lhe
Então ele se abaixou
A régua bateu na banca
E o pedaço voou
Naquilo eu achei graça
Ela sem pestanejar
Virou-se então para mim
E começou a malhar
Bateu-me com o pedaço
Pra poder eu me calar
Estudava nessa época
Os filhos de Zé de Sales
Os de Amaro Epifanio
De seu Miranda é que vale
Também os de seu Romeu
E todos levavam baile
Filhos de Dr. Euclides
As de Dr. Amaral
Apolônio e Odorico
Os filhos de seu Durval
Os filhos de seu Tenório
Estudavam com moral
Muitos ali estudaram
Porem de recordação
Ficou em nós registrado
O modo de formação
O seu jeito de educar
Nos deu grande confusão
Ela botava apelido
Ela batia também
Ela gritava demais
Hoje na mente me vem
Que seu jeito de educar
Não serviu para ninguém
Chalés
Também para relembrar
Quantos chalés ali têm
Tem o de João Azevedo
O de seu filho também
E o de Dr. Albericio
Lá no alto fica bem
O chalé de seu tenente
Ficava em Ouricuri
Era um bairro de Catende
Ficava perto dali
Tinha uma fonte de água
Que se fez um chafariz
Pontes
Tinha a ponte do 18
A ponte da policlínica
Também tinha a ponte velha
Que ligava a usina
Ao chalé de seu Domingos
Bem perto de uma esquina
Outras pontes que não sei
Mas que existem por lá
Tinha a ponte do pavão
Que dava para pular
De cima pra dentro d’água
Era bom de mergulhar
Estação do trem
Também tinha uma estação
Da rede ferroviária
Grande festa se fazia
Quando o trem ali parava
Era grande a alegria
E todo mundo saudava
Os passageiros acenavam
Dando adeus a toda gente
Muita festa e alegria
Éramos todos contentes
Contava o número de carros
Ia a máquina La na frente
Os bairros da cidade
Os bairros lá de Catende
Eu vou tentar relembrar
Se eu esquecer alguns
Vocês vão me desculpar
Hoje existem alguns bairros
Que não existiam lá
Tinha o bairro do pavão
Também o da bela aurora
E com a nova Catende
Completava a história
O bairro da bela vista
Era um bairro de glória
Existe o bairro do vácuo
O bairro do chafariu
Também o bairro da linha
Lugar onde não se viu
E o bairro da saudade
Nos dá saudade de mil
Os limites de Catende
Roçadinho fica ao norte
Ao sul fica Ouricuri
Niterói fica ao leste
Que belo lugar pra vir
Ao oeste Monte Alegre
São os limites dali
Os times da cidade
Os times lá da cidade
Eu vou aqui descrever
Secundário, Bota Fogo
Também tinha o TCC
Racing, Vasco e Estudante
O famoso ABC
O Dínamo e o Palmeiras
Os Caducos de Osvaldo
O grande Independente
Que sempre foi respeitado
Odacy, Tana e Deguinha
Famoso trio afinado.
As praças
Tem a Praça de Santana
A Praça Costa Azevedo
Onde fica o diamante
Cinema que nos deu medo
A Coração Eucarístico
Praça dos grandes segredos
E na Praça de Santana
Ficava o guarani
Também o grande comércio
Quando o povo ia pra li
Fazer feira e comprar roupa
Tudo se vendia ali
Rios
Em Catende a natureza
Pôde ali se orgulhar
No encontro de dois rios
O delta que foi formar
Cortando toda cidade
A beleza foi formar
O rio Una recebe
As águas do rio panelas
O encontro dessas águas
Torna-se uma coisa bela
Catende é agraciada
Pelas rosas amarelas
Campos de peladas
Tinha o campo do careca
Onde podia mostrar
A rapidez que se tinha
Para não escorregar
Era grande a concorrência
Todo mundo ia pra lá
O campo do Leão XIII
Tinha o campo do pavão
O campo do escoteiro
Que servia de lição
Também o de Niterói
Pra qualquer ocasião
O campo de Monte Alegre
Tinha o campo da cacimba
E tinha o campo do vácuo
Que pra nós já era sina
Quem chegava atrasado
Ficava lá na esquina
Casas de saúde
Como casa de saúde
Temos a maternidade
Também tem a policlínica
Atendendo a cidade
Mantida pela usina
Era uma felicidade
Dr. Euclides era um médico
E Dr. Jairo também
Um era da policlínica
Atendia muito bem
Outro da maternidade
Não rejeitava ninguém
As festas
Com grande satisfação
Também com grande prazer
Quem morava em Catende
Pode nem me conhecer
Trabalhando na usina
Era esse o meu viver
Quando havia uma festa
Era grande a alegria
Se brincava e se dançava
Sem haver melancolia
E todos participavam
Com a sua fantasia
Tinha Dadai um fotografo
Que gostava de flagrar
As pessoas que bebiam
E não podiam andar
Dadai tirava o retrato
Para depois lhe mostrar
Era assim lá em Catende
As festas que tinha lá
Tinha a festa de Santana
Padroeira do lugar
Natal, Ano e Reis Magos
Lá não podia faltar
A festa maior de lá
Era são Sebastião
Aqueles parques instalados
Nos chamava atenção
E todo mundo ia ver
Aquela grande atração
Lazer
A barragem do 18
Formava grande represa
Que parecia uma praia
E era aquela beleza
O povo ia tomar banho
Contemplando a natureza
Também tinha o escoteiro
Que muitos jovens formou
Era grande a disciplina
E quem por ali passou
Saia dali formado
Homens de grande valor
As ruas famosas
Arruado do 18
Do outro lado o pavão
Tinha a rua da saudade
Bela aurora e barão
E na 15 de novembro
Tinha grande diversão
Qual era a diversão
Desta rua afamada
Era a 15 de novembro
Que quem por ali passava
Podia ser qualquer um
Tinha a ficha registrada
Era grande a falação
Que havia entre as vizinhas
Izabel e Consuelo
Zaire, Zilda e Tininha
Vilma Nida e João Batista
Dadai não foge da linha
CONTOS E LENDAS DE CATENDE
Conta que lá em Catende
Aparecia um fantasma
A mulher da meia noite
Que quase sempre esperava
Aquele pobre operário
Que meia noite largava
E ela ali ficava
Com a sombrinha na mão
Esperando quem viesse
Para sua direção
E com seu jeito faceiro
Atraía o cidadão
Levava-o para um canto
Começava a se despir
Tirava roupa após roupa
E ele sem pressentir
Depois de vários vestidos
Via a mulher sumir
Desmaiava e caía
Ficava ali sem tornar
E a pobre da esposa
Sempre a lhe esperar
Quando sabia a história
O pau quebrava por lá
Emancipação da cidade
Agora posso falar
Com uma grande razão
De todo preparativo
Para apresentação
Na grande festa do dia
Da nossa emancipação
Naquele dia se via
Gente de todo lugar
Para vim ver o desfile
Das escolas acolá
Era grande a alegria
Todos iam desfilar
Foi a data mais bonita
Que Catende conheceu
Era 11 de setembro
Que para muitos se deu
A sua independência
Uma cidade nasceu
E quando era esta data
Todas escolas faziam
Seu desfile impetuoso
E com grande harmonia
Desfilava o escoteiro
Trazendo grande alegria
Ginásio municipal
Com Osman no seu bombão
Marcava aquela cadência
Com grande empolgação
Os corneteiros tocavam
Com muita animação
Linda era a empolgação
De todo povo dali
Gente para lá e pra cá
Que vinham para assistir
Os desfiles das escolas
Todos alegre a sorrir.
Era grande a atração
E todos muito arrumados
Marchavam com perfeição
Para ver o resultado
E quem errava a cadência
Era logo reprovado
Sempre em primeiro lugar
Ficava o escoteiro
O ginásio de Catende
Também ficava em primeiro
Recebia as medalhas
Do seu grande companheiro.
As escolas desfilavam
Com grande satisfação
Também com muita alegria
Que tinha no coração
E todos muito contentes
Naquela empolgação
E todo corpo docente
Do ginásio estava ali
Vestindo aquela camisa
Dava pra se divertir
Romilda e Maira Augusta
Edgar Brito e Darcy.