NÃO RASGARÃO A MEMÓRIA / DE ZÉ LINS O ESCRITOR

Poema que será declamado no Sarau em defesa da memória de José Lins do Rego, na Academia Paraibana de Letras, no dia 11 de julho de 2015.

“Moleque Ricardo” vem

Acender o “Fogo Morto”

O meu pensamento torto

Viaja naquele trem

Os “Cangaceiros” também

Se embalam nesse vapor

E vem com todo estupor

Pôr cobro nessa escória

Que quer rasgar a memória

De Zé Lins o escritor

Para sempre na lembrança

Ficaram “Meus verdes anos”

“Doidinho” não causa danos

“Pureza” lembra a criança

“Banguê” já teve pujança

O “Riacho doce” sabor

Riquezas de um contador

Legado pra nossa história

Ninguém rasga a memória

De Zé Lins o escritor

Senta na “Pedra bonita”

O “Menino de engenho”

“Usina” requer empenho

Para vencer a desdita

A “Água mãe” que agita

“Eurídice” retrata a dor

A obra do grande autor

Já alcançou a vitória

Não rasgarão a memória

De Zé Lins o escritor

Mote: Sander Lee

Glosa: Luciene Soares