Frei Dimâo retorna, colérico

Os costumes recantistas

andam assaz depravados

se quereis lhes dou as pistas

nomeando todos pecados

O namoro de portão

que há muito lhe proibi

pois leva à agarração

é o que mais se vê porraqui

Eu também já combati

o tal namoro de paiol

mas foi Nanda que lá vi

louca por um arrebol

De Monay perdeu o rumo

de tanto ir a Kathmandu

e hoje vive é do consumo

dos ovos de seu tsuru

Também anda displicente

aquela irmã perseGuida

diz que faz beneficente

porém é seu meio de vida

As facuretes se tresmalharam

e da manada, foi um estouro

e todas elas se prostaram

defronte o bezerro de ouro

Wramos fechou seu barraco

onde saraus promovia

mas temo que aquele velhaco

só andava atrás de orgia

A dama dos pequizais

vivendo das madrugadas

nem em rezar pensa mais

sa...pecando às toneladas

Minhas surradas batinas

já não tenho quem costure

o xodó dessas meninas

é rodear um tal Facuri

Helena viva a poetar

indiferente ao meu clamor

verso não vai alimentar

muito menos dar pudor

Meu grosso círio apagou

e se busco u´a sopradeira

na maior certeza estou

apenas achopadeira...

Dunga e sua meninada

que se acham sob exame

baixaram o Peru de entrada

mas rumo a novo vexame

A vida anda uma carestia

que todo dia se filma

ministrança na maior orgia

sob a regência de Dilma

Se não vier um lava-jato

ou mensalão que seja

boto pirão no meu prato

e logo fecho esta igreja

Restará o nu cajado

que me ajudou nas andanças

e precisa ser osculado

pra renovar as esporranças

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 17/06/2015
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