O CONVITE PRA FESTANÇA
O CONVITE PRA FESTANÇA
(Claraluna = Hull de La Fuente)
Inda tá no mei do ano
Mais já quero avisá,
Que dezembro temo plano
De no cordel farreá.
É que veim lá da Bahia
O meu cumpadi Airão
Trazeno sua aligria
Pra nossa festejação.
Ele inté já avisô
Que vamo tê churrascada,
Pois a carni no izopô
Já vai trazê temperada.
A cerveja a gente compra
No buteco do Rudrigo
Que é pra não fazê afronta
Cum um véi e bom amigo.
Minha cumadi Maria,
Muié do cumpadi Airão
Cum toda sua simpatia,
Vai cedê o barracão
Praqueles que aqui num mora
E num teim donde ficá,
Mais vai tê corchão de mola
Pru isqueleto relaxá.
Apruveito este momento
Para um cunvite fazê,
É cum todo sintimento
Que falo com vosmicê,
Cumpadi Pedrim Goltara
Nóis cunvidamo ocê
E sem vergonha na cara
Pra esse acuntecê.
Nóis inté já afinamo
O piano e a viola
Prus cumpadi ir cantano
E inté fazê iscola.
Cum o versejá bonito
Qui só o cordé nos dá
Cuma diz minha cumadi
A Terê das Bêramá.
Vai preparano habeas corpu
Se sua muié num dexá
Pois no incontro de amigo
Ciúme num pode entrá.
Com churrasco e cantoria
Inté o dia clareá,
Brasília vai tê aligria
Se o Congresso dexá.
Pois nóis somo ameaçado
Da carne eles robá,
E a cerveja no ingradado,
Qui inda num puis pá gelá.
Cumpadi Pedrim Goltara
Cumbine cum o Airão
Ou eu vô ficá arara
Se ocê num vinhé não.
O cunvite é istendido
A todos os cordelista
E num fiquem ofendido
Seus nome já tá na lista.
O cordel cá em Brasília
É uma coisa apreciada,
Que assiste toda família
Alegre e interessada.
Agora eu me adispeço
Espero confirmação
Desses poeta que apreço
Na festa da emoção.
Inté lá meus bom amigo
Vô parano pur aqui
Vô lá pu bar do Rudrigo
Tomá o meu daiquiri.