Leitura: A Chave para o Conhecimento

Autor: José Rodrigues Filho

Leitores! Vou lhes falar,

De uma maneira geral,

Porque a boa Leitura

É um fator crucial,

Pra o bem da literatura

E suportar a estrutura

Da educação formal.

O ato de ler começa,

Logo cedo, na escola,

Algumas famílias dão

A cada um filho uma bola,

Mas entre bola e Leitura

Pense na vida futura:

Elimine o termo “cola”.

Não vale a pena “colar”,

Pois no fundo não faz bem.

O bom, aluno, só pensa

Em, avançar, ir além:

As aulas priorizando,

As matérias estudando

Pra no teste tirar cem.

Do aluno, o primeiro espaço

Ele encontra na escola;

Pra construção do leitor

Esta tem que entrar de sola

Na consecução da meta

Junto à biblioteca,

Sem formar dupla não rola.

- 01 -

A Leitura desenvolve

A capacidade mental;

Estimula aptidões,

Discerne entre o bem e o mal,

Enrica o vocabulário,

E, de ser o corolário,

Do sucesso é o fanal.

Quem ler tem facilidade

De expor, com mais clareza,

Adquire confiança,

Digo com toda certeza,

Criatividade esbanja,

É a outra banda da laranja

Que à escrita está presa.

O ensino no Brasil

Anda muito defasado;

Mormente o ensino público

De há muito abandonado

Por governos sucessivos

Que foram muito passivos

Com o ensino privado.

A obrigação de educar

É dever de todo Estado,

Já o gosto pra Leitura

Deve ser estimulado:

Escola e biblioteca

Formam o par que, nesta meta,

Deve ser formalizado.

-02 –

Carece a biblioteca

De um bom bibliotecário

Que além de arrumar o acervo

Introduza no cenário:

Práticas incentivadoras

E, também, renovadoras

Que aticem o imaginário.

Escola e biblioteca

Da educação são pilares.

Corpos: Docente e Discente

E complemento nos lares,

Compõem hoje o sistema

Considerado problema

Nas fases preliminares.

Correto seria então:

Escola e biblioteca,

Corpo docente e alunos

Buscarem, dentro da técnica:

Incrementar a Leitura,

Escrita e literatura

De maneira mais eclética.

Formar o leitor-aluno,

Construir conhecimento,

Símbolos decodificar,

Da escola este é o intento,

Mas, pra que isso aconteça,

É salutar que não esqueça

De seu comprometimento.

- 03 -

Livros, revistas, jornais,

E outras mídias “da hora”

Devem ficar disponíveis

Aos alunos, sem demora,

Como também um mural

Para em forma de jornal

Expor os fatos da escola.

Criar o mural do aluno

Pra implementar o prazer

Na criação da montagem,

Na perspectiva de ler.

A coisa mais importante

Que leva o humano avante

“Se resume no saber”.

A Leitura é o atributo

Pra falar-se certo, e bem,

Pois quem lê muito não erra

Ao conversar com alguém.

Tem muito apresentador

De TV, meu Deus, que horror!

Leitura bisonha tem.

Chamando de “gratuíto”

O vocábulo gratuito:

Que é palavra trissílaba

E tem o som de circuito,

Não culminando em hiato;

Especifico este fato

Não é um caso fortuito.

-04 –

Muitas vezes, fala errado

O substantivo fluido

Que é vocábulo dissílabo

Tendo o som do verbo cuido,

Diferente de “fluído”

Que tem hiato e é trissílabo,

Não cometam este descuido.

Fluido é líquido ou gasoso

Sua forma tanto faz,

Porém “fluído” é um verbo,

Não é líquido e nem é gás.

É particípio passado

De um fato já consumado;

A troca é chula demais.

Coloca de forma imprópria

O advérbio aonde

Que, indica ação e, difere

Da forma parada: onde.

Um se move e o outro é fixo;

Também se engana o prolixo

Ao dizer: Veio “daonde!?”.

Pois, “daonde” é incorreto,

Certo seria de onde.

Se, quer escrever correto

Coloque o advérbio aonde

Diante do verbo ir,

Chegar, dirigir e vir;

Nas demais formas, use onde.

-05

Não use o advérbio “onde”

SEM referir-SE a lugar,

Use geralmente “em que”

Quando escrever ou falar;

“Em que” cabe em qualquer frase,

“Onde” só cabe na base

Fixa, sem se movimentar.

O advérbio, em geral,

O pronome oblíquo atrai.

A palavra negativa

Nesta mesma regra cai:

“Sem me” fazer de sabido;

“Não me” sinto constrangido;

“Nem me” fale! Disse o pai.

E somente há exceção

Em algum caso de rima,

No qual o pronome oblíquo

Do “sem” não se aproxima,

Como no segundo verso

Que fez da rima o reverso

Do que a regra ensina.

Muito cuidado ao usar

O vocábulo Iminente

Que evoca proximidade,

E destoa de Eminente,

Este envolve tratamento

Dado, em reconhecimento,

À autoridade imponente.

- 06 –

Locutor costuma errar

Ao pronunciar circuito,

Mormente, na fórmula um,

Tirando-lhe o som de intuito;

Dando-lhe um som de mosquito:

De circuito pra “circuíto”

Este é um lapso fajuto.

É comum também se errar

A palavra privilégio,

E “previlégio” escrever,

Desde o tempo do colégio;

Trocando o “I” pelo “E”.

Chá preto não é café,

Mas patuá é sortilégio.

Grafa-se, em geral, errado

O substantivo viagem,

Permutando o “G” por “J”

Criando o verbo viajem;

Troca letal por fatal,

Sendo o primeiro mortal,

E este sina; já sabem?

Portanto, aquele que lê

Absorvendo a Leitura,

Desenvolve senso crítico,

Analisa e configura.

De ledor passa a leitor,

Muitas vezes, a escritor:

Ícone da literatura.

-07 –

Faz e interpreta textos,

De maneira pontual,

Ao mercado de trabalho

Habilita-se e, por final,

Tem outra visão do mundo;

Conhecimento profundo

Em nível internacional.

A palavra é a ferramenta

Básica da educação,

Por isso, reinventá-la,

É da escola missão:

O ser sensível educar

De modo a estimular

No aluno a criação.

Portanto, sem a palavra,

Não haveria leitura.

Veio na forma de verbo

Segundo reza a Escritura;

Deus disse: faça-se a luz!

Mais tarde, veio Jesus

Aos males prometer cura.

Ao concluir saliento

A importância da gráfica.

Deixo pra outro Cordel

A Reforma Ortográfica,

Ainda, em implantação,

Mas causando confusão

Na portuguesa gramática.

Fim – Amélia Rodrigues-Ba. 17/09/2011

- 08 -

José Rodrigues Filho
Enviado por José Rodrigues Filho em 19/05/2015
Reeditado em 19/05/2015
Código do texto: T5247118
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