Versos de paixão
Poeta de memória
De coração grande
Sem ser por doença
No que grandeza tange
Faz desfilar no ar
Rostos que se amou
Lembra sempre e ama
O que vivenciou
São poesias gráficas
Que nos enternecem
Girando no silêncio
Closes que esmaecem
Superposições
As emoções mais densas
Pouco importando
Se há consistência
Vêm como os lampejos
Da inspiração
Frágeis relampejos,
Pulsares da emoção
Sem rivalidades,
Brigas nem queixumes
Dividem esse espaço
Sem quaisquer ciúmes
Lembranças que o tempo
Não se deu ao trabalho
De contar o quanto
Andou no calendário
Foi adaptando
Ao que inconscientes
Fomos acumulando
Tão profundamente
E de vez em quando
Chegam de surpresa
Como se houvesse
Algum lápis à mesa
Contornam e se lançam
Sobre nossas mãos
E escrevem em nós
Versos de paixão