* Carpintaria *
Contam que na carpintaria
Houve uma estranha assembleia.
Uma reunião das ferramentas
Para trocarem ideias
E acertarem suas diferenças
Aceitando as evidências
Sem precisar de plateia.
O martelo exerceu a presidência,
Participantes queriam lhe tirar
Notificaram que não deu certo
Que ele teria que renunciar.
Fazia um barulho demasiado
Deixando-os incomodado
Quando estava a golpear.
O martelo aceitou sua culpa,
Dizendo: Ok! Tudo bem!
Para isso fez um pedido
Expulsem o parafuso também.
Ele dar voltas demais
Percebo que não é capaz.
De assumir o cargo que tem.
Diante deste ataque,
O parafuso concordou,
Mas pediu a expulsão da lixa.
Diante de todos se justificou
Ela era áspera no tratamento
Atritava a todo momento.
A lixa a decisão acatou.
Também fez um pedido
E impôs sua condição
Queria que expulsassem o metro,
Que media sem precisão.
Segundo a sua medida,
Como se fosse nessa vida
O único cheio de perfeição.
Então entrou o carpinteiro,
E seu trabalho iniciou.
Pegou o martelo, a lixa,
O metro e o parafuso utilizou.
E assim, a rústica madeira
Converteu num móvel de primeira
E a reunião se encerrou.
Veja que linda lição
Deram esses materiais.
Perceberam que são importantes
Na atividade que cada um faz.
Após uso com sabedoria,
Objetivo e sintonia.
Deixando a ambição para trás.