TÁ TODO MUNDO NO FACE / OU ENTÃO NO ZAP-ZAP
Tá todo mundo no Face
Ou então no zap-zap
Fazendo suas postagens
Ou fazendo seu checape
Mulher, homem ou criança
Não há cristão que escape.
O Facebook, no mundo
Está bastante usado
Do Oiapoque ao Chuí
Ele é bastante acessado
Seja pobre ou seja rico
No Face, está ligado.
A casa toda imunda
A pia cheia de prato
O almoço sem fazer
Isso aí é o retrato
Da mulher no facebook
Agora farei relato.
A mulher no bate-papo
Não liga mais para nada
Não liga para os meninos
Só vive dando dedada
Os filhos passando fome
E ela no face ligada.
Tem mulher que é fofoqueira
Traz notícias de montão
De tudo, ela fala um pouco
Com o celular na mão
Às vezes, posta besteira
Se arrepende de montão.
Tem mulher no zap-zap
Que já ficou viciada
Não dorme e não trabalha
Só vive dando dedada
No pobre do celular
Que não serve mais pra nada.
Homem já se revelou
No face, a se mostrar
Pôs suas fotos suspeitas
Todo mundo a comentar
De xuxinha no cabelo
E mulher, a imitar.
Até nosso amigo Zeca
Que não usa celular
Mas já fez seu facebook
Sua foto já tá lá
Ele sentado ao piano
A cantar e a tocar.
O nosso amigo Zeca
Homem de educação
Vive dormindo na sala
Em toda reunião
Deve ser o facebook
Até tarde, meu irmão.
Também nosso amigo Tony
Que só vive cochilando
Na sala, em reuniões
Parece um leão rocando
Só pode ser o zap-zap
Até tarde ele teclando.
A nossa amiga Luana
Professora maluquete
Colocou no zap-zap
Mulher fazendo boquete
Restegue sendo feliz
Foi a frase de manchete.
Professora maluquinha
Separou do maridão
Pois só vivia no Face
Deixando o pobre na mão
De tanto ele reclamar
Deixou-o na sofridão.
Até mesmo na igreja
O povo fica teclando
Olhando o zap-zap
As fotos, ficam mostrando
Eita, vício desgraçado
Tá todo mundo entrando.
Na igreja, as amigas
No zap-zap a teclar
Mostrando suas postagens
E a fofoca a rolar
Ô duas línguas ferinas
Não param de tricotar.
Ana Paula, quem diria
No Face, vive ligada
Até mesmo na igreja
Estava conectada
Batendo papo online
Por isso, foi criticada.
Até Dona Leonora
O face, vive a olhar
Apesar de ter bom-senso
Não consegue disfarçar
Sua desculpa furada
Uso só pra trabalhar.
A professora Camila
Não queria nem saber
De face nem zap-zap
Mas agora, pode crer
Vai até a madrugada
Teclando para valer.
A desculpa que ela usa
É o seu filho Juninho
Que tá lá no Canadá
E precisa de carinho
Mas deixa de trabalhar
Para bater um papinho.
Até Maria Eduarda
Enfermeira renomada
Diz que não tem facebook
Mas só vive disfarçada
Espiando todo mundo
Caladinha, intocada.
Amanda no celular
Júlia só na zap-zap
Luana na putaria
Não tem ninguém que escape
Camila com o Juninho
Vive só no chape-chape.
Luana, na putaria
Só vendo homem pelado
Manda foto, manda vídeo
Que nos deixa abismados
Ela posta sacanagens
Que nos deixa encabulados.
O face e o zap-zap
São ferramentas decentes
Aplicativos legais
E bastante envolventes
Mas precisa de cuidados
Por favor, sejam prudentes!
No Face ou no zap-zap
É preciso ter cuidado
Pra não postar sacanagem
Depois se sentir culpado
Nem ferrar o seu amigo
Ou por ele ser ferrado.
Isso é só uma brincadeira
Isso é só uma distração
Para homenagear
Com bastante animação
A todos do Facebook
Eu deixo meu abração.
Carlinhos Cordel
Cupira, 28 de março de 2015.