Uma brincadeira
Vou fazer uma brincadeira
Com perguntas e respostas
Numa vez eu te pergunto
Em outra você me opostas
Tudo com muita clareza
Para sempre ter certeza
Sem firulas, nem apostas.
Primeiro vou perguntar
Qual a cor do firmamento?
Você logo me responde:
- Mas me espere um só momento
Você quer saber de dia,
Ou numa noite sombria
Pra tal acontecimento?
Pois assim não compreendo
E não posso responder
A pergunta é sem clareza
Com dúvida de entender
Assim perdeu a sua vez
Agora conte até três
Pra você me devolver.
Eu vou com praticidade
E bem direto ao assunto
Não me faça essa vergonha
E me responda em conjunto
Pois pergunto sem engano
Qual é a cor do oceano?
Não se finja de defunto.
Pra esse questionamento
Eu respondo imediato
Não tem conversa fiada
Nem firula de gaiato
Pois a resposta em questão
É a tal coloração
Que você fez 'disparato'.
Ainda digo seguinte
Não se tem a intenção
De se fazer uma pendenga
Ou também apelação
Se fosse comigo honesto
Eu repetiria o gesto
E seguia a diversão.
Eu lhe digo com firmeza
E com toda precaução
Não pensei em lhe enganar
Nesta tal ocasião
Fiz minha pergunta falha
E não quis ser um canalha
Para esta situação.
Então o jogo acabou
E se foi a brincadeira
Tudo parecia simples
Sem ter nenhuma rasteira
Mas tudo é como peleja
Até quem vai para igreja
Tem a alma traiçoeira.