APRESENTAÇÃO
Que coisa tão linda começa agora
Os vates se juntam na Academia
Em prol do cordel que é pura poesia
De grande valor e em meu peito mora
Não tô nem aí se alguém lhe ignora
Dizendo que a plebe é quem deve gostar
E “doutor” nenhum pode se arriscar
Andar de mãos dadas com arte “menor”
Contudo o cordel é a estrela maior
QUE O POVO ENCONTRA NA BEIRA DO MAR
Eu sou a herdeira de um repentista
Severino Dias lá de Pernambuco
No jogo de rimas deixava maluco
O adversário que perdia a pista
Saía do prumo e baixava a crista
Porque Severino era de amargar
“Boi bravo” viesse pra ele amansar
Topava a parada de um desafio
Prendia o tal com corda de navio
E DAVA NÓ CÉGO NA BEIRA DO MAR
Para Academia eu fui convidada
Luciene Soares esse é o meu nome
Sentar-me ao lado de quem tem renome
Não sei se mereço ser assim honrada
Porém pinto cena que fica enquadrada
E a tinta que eu uso é a de rimar
Viajo em foguete ou nave estelar
Construo palácios e moro em castelos
Sou uma jardineira que usa rastelos
PLANTO POESIAS NA BEIRA DO MAR