A CAÇADA - III

Um animal muito feroz

Devorando as criações

Destruindo plantações

Lá na baixada do arroz.

Era grande aquela onça

Com um animal na boca

Urrava feito uma louca

Afirmava o Mendonça!

Reunidos os fazendeiros

Começaram a discussão

Foi tomada uma decisão

Para arrecadar dinheiro.

Contratar o Zé do Mato

Para caçar aquela onça

Com o amigo Mendonça

Caçador de preá e gato.

Depois da contratação

Os dois caíram na mata

Cruzaram rios e cascatas

Lua dourada no Sertão.

O penhasco foi escalado

Se depararam co´a gruta

A onça esperava astuta

O Mendonça foi atacado!

Que diabos! Das Dores!

Resmungou o fazendeiro

Esperei dois dias inteiro

Nem sinal dos caçadores.

Logo chegou uma notícia

Contando uma história

Que no penhasco da glória

A briga foi de sair faísca!

Certeza que os caçadores

Já estão desaparecidos

O Mendonça foi comido

Confirmam os batedores.

Entretanto, a bunda dele,

Ainda sobrou um pedaço

Encontrada no penhasco

Seu nome escrito na pele!

Zé do Mato deu um tempo

Disso eu tenho certeza

Caçador por natureza

Escondido ta ao relento.

Certeza vai pegar ela

Ele jurou trazer a onça

Depois vingar o Mendonça

Vai chegar montado nela!

Já estava escurecendo

Houve brado no terreiro

Assustou o fazendeiro

Que logo saiu correndo.

Uma loucura Seu Moço

Ali estava o Zé do Mato

Montado naquele gato

Agarrado no pescoço! (É mentira Terta!)

===========================================

Obrigado querida poetisa "Hull de La Fuente" pela belíssima interação.

História de pescador

não fica a dever a esta

com tão grande caçador

rei da gruta e da floresta.

Tive pena do Mendonça

comido por uma onça

que àquelas bandas infesta.

Um "causo" contado assim

me veio outro a memória

pro lados de Bom Jardim

se contava uma história

não vale aqui a vanglória

mas teve um belo fim.

Na fazenda Tirolesa

apareceu de repente

um bicho da natureza

Que comia gado e gente.

Vaqueiros amedrontados

aumentaram os cuidados

ante o perigo eminente.

Mas o bicho atrevido

do homem sentiu o cheiro

sem fazer nenhum ruído

adentrou pelo o celeiro

e aquele grande animal

com força descomunal

provou ser um bagunceiro.

Sobre o milho ensacado

repousavam os vaqueiros

de cada corpo suado

exalava forte cheiro

e a tal onça faminta

de burrice deu na pinta

e agarrou um saco inteiro.

Zangada ela urrou

pois milho ela não comia

logo o caçador chegou

pra ver o que acontecia.

Com a espingarda certeira

acertou-a na moleira

e acabou-se a agonia.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 17/03/2015
Reeditado em 19/03/2015
Código do texto: T5173556
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.