SOU ASSIM
De sonhos bons é que vivo
Acalento-os e permito que ande
Não domino as forças do mundo
Só contemplo o bem que se expande
Quando imerso ambiente arredio
Meu lamento não teme o grande
Não desisto, persisto, caminho
É de mim ser assim, não se engane
Quando caio levanto e contemplo
O desastre que pôs-me distante
Dos sonhos que tanto cultivo
Sem deixar expressar meu semblante
É que triste não quero os amigos
Que não viram-me seguir adiante
Não há noite que só tenha frio
Nem há frio que não mude um instante