JUSTIÇA
Procuram-me quando na dor
Conforto-os com a minha presença
Os bons não me poupam o louvor
Isentos de modos ou crença
Ausente provoco a ira
Conflitos, revolução
Anseio o convívio de todos
Tendo a paz consequência e missão
Sou vítima da solidão
Pois por ninguém vou transigir
Recorrem a mim por ação
Apenas um modo de agir
Às vezes sinto-me utópica
Vendo muitos tombarem sem mim
Impotente sem corpo e aflita
Sendo alma pertenço a ti
Creiam existo e não falto
Perturba-me a carência do povo
É no tempo que broto do alto
Sendo a fé recobrada de novo