É Deus.

Que há Deus ninguém duvida

Ninguém pode ignorar

Que é Deus quem dá a vida

E também pode tirar

Pensamento suicida

Pode a morte provocar.

Deus também fez o perdão

Ensinou como usar

De todos fez um irmão

E falou que é para amar

É pra dividir o pão

Do sozinho aproximar.

Disse Deus que a virtude

Ninguém deve escravizar

Deve amar em plenitude

Quem deseja se salvar

E a sorte e a saúde

Todos devem cultivar.

Se foi Deus que fez a morte

Dela não vamos fugir

Viver é pra quem é forte

Esse é fácil distinguir

Ele vai de sul a norte

Pra mostrar como servir.

Deus criou toda verdade

Num momento de incerteza

Quando viu que a maldade

Exercendo a realeza

Permitiu à falsidade

Todo ato de torpeza.

Deus criou a tolerância

Pra mostrar o seu amor

Que vem de longa distancia

Vencendo frio e calor

E trazendo a esperança

Deus sublima qualquer dor.

Deus não faz contradições

Não precisa de aparato

Não é fonte de senões

Não precisa de contrato

Não precisa de sermões

Não merece desacato.

Numa fonte se vê Deus

Como a água cristalina

Que Ele oferece aos seus

Como estranha sabatina

Que ao converter ateus

Muda até a própria sina.

Num castelo existe um Deus

Que está sempre escondido

No dinheiro dos judeus

Pra comprar o proibido

Se juntaram aos fariseus

Pra fazer um deus bandido.

Há um deus enclausurado

Na redoma da igreja

Ele é sempre lembrado

Para dar o que se almeja

E depois é descartado

Com um copo de cerveja.

Há um Deus desconhecido

Que se fala sem sentir

Desse Deus é proibido

Discordar ou dissentir

É um deus já desmentido

Mas que teima em possuir.

É um Deus que se engana

E que faz a coisa errada

Fruto da cegueira humana

Que de Deus entende nada

Numa igreja suburbana

Ele so faz trapalhada.

Outro deus que desconheço

É o deus dos sabichões

Que em Deus coloca preço

Para arrecadar milhões

E se eu não obedeço

Sou expulso aos empurrões.

Mais um deus que achincalho

É o deus dos inferninhos

Onde o corpo é o trabalho

E o vicio anda sozinho

Onde o jogo de baralho

Tira alguém do bom caminho

Vejo um Deus onipotente

Na estrada que persigo

Mesmo não sendo um crente

Tenho lar e tenho abrigo

E protejo a minha gente

Com o meu abraço amigo.

Esse Deus que acredito

Não é feito de migalha

Ele dá o chão bendito

Para quem rompe a muralha

Ele não se rende ao grito

Não castiga quem trabalha.

É um Deus de gratidão

Que está dentro do peito

É maior que o coração

É um membro sem defeito

O Seu nome é o timão

Para quem vive direito.

Renato Lima
Enviado por Renato Lima em 07/03/2015
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