Não Pode, Não Deve.
Não Pode, Não Deve.
Guel Brasil.
E dai chega o homem branco
Com dinheiro, lábia e poder,
Acobertam-se com seus pares
Pagos para o defender,
Enquanto isso o caiçara
Não tem muito o que fazer.
E o homem branco não nega
Ser politico ou ladrão,
Compra o rancho do caiçara
Dois ou três palmos de chão,
E constrói para seus pares
A bela de uma mansão.
E o caiçara coitado
Da pesca sempre viveu,
Recua-se entristecido
Lamentando o que perdeu,
Esconde-se atrás da mansão
E constrói o rancho seu.
Mas não é a mesma coisa
A beleza se perdeu,
Ele já não vê o mar
Tão pouco o barco seu,
Ficou mais distante as ondas
Que tanto gosto lhe deu.