O PUDOR DE UMA MULHER DE CABARÉ
O País está um caos.
A mulher perdeu o respeito
Que saber de bunda grande
Pôr silicone nos peitos.
Andar com tudo à mostra
Provocando o sujeito.
Vai para a passarela,
Desfilar no carnaval,
Nua com xoxota de fora.
Achando tudo normal
Mas se o homem andar nu
É um tarado sexual.
Pra mulher é um prazer
Sair no bloco das quengas.
Também bebe cachaça,
Fuma, cheira, faz arenga.
Porque aparece mais
Quando arranja pendenga.
Ainda anda fazendo charme
Dos homens pede respeito.
Se dizendo poderosa
Quer arranjar bom sujeito.
Quando arranja casamento
Quer mandar de qualquer jeito.
A mulher tinha pudor,
Comportamento de dama.
Hoje elas busca somente
Ter dinheiro e fama.
Para conseguir isso
Com qualquer um vai pra cama.
Não quer saber de estudo
Somente de putaria.
Heroína é chamada
Qualquer mulher vadia.
Porque hoje é mais fácil
Levar a vida na orgia.
Conhecia uma mulher
Que merece alto respeito
De um baixo meretrício
Não sai com qualquer sujeito
Guardava a Semana Santa
Não fodia, não tinha jeito.
Não vou falar nome dela.
Em respeito a essa mulher.
Mesmo naquela pobreza,
Morando em cabaré,
Lá do Beco do Escorrego,
Tinha dignidade e fé.
HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO
FORTALEZA,FEVEREIRO DE 2015