Frei Dimão tece planos para as mangas
Para conversar co´o Obrahma
viajo aos Estragos Zunidos
vou narrar-lhe o nosso drama
sobre esses espias atrevidos
Já vasculharam a mandatária
numa atitude tão torpe
fizeram nosso país de pária
em qualquer língua isso é gorpe
Só não sabiam da Petrobrás
mas vou desatar esse nó
na manga tenho um ás
no vigilante Cerveró
Voltando a assuntos de fé
hoje não rezei as matinas
chegou a hora do café
que me pegou sem batinas
Nesse assunto já toquei
e sigo à espera de Nanda
cuja passagem já comprei
mas que é de que ela se manda?
E só me servem as de Roma
pra isso vou tirar medida
e se Nanda inda me embroma
recorro à irmã perseGuída
O círio aceso se mantém
graças ao esforço de De Monay
sua labareda contém
o vero fogo da fé
Kellentidão dessa internet
que quase digo palavrão
será excesso de facurete
papeando com seu Dom João?
As águas enfim vem caindo
e isso assanha o Cupido
mas o amor só é lindo
quando o bom Pai é fervido
Os namoros de portão
sobretudo após as cinco
são a mais grave tentação
pro rapaz perder o vinco
Também namoros de paiol
têm a minha condenação
pois fariam o próprio Rayol
perder sua afinação
Cannabis Nativa é planta do Pai
por isso a muitos cativa
vou ligar para o Uruguai
onde até o Mujica saliva
A troca de nomes no site
não é coisa que se condene
mas algo me faz fly my kite
quando isso acontece com ENE
Na Quaresma mergulhados
resta-nos ao Pai apelar
livrai-nos dos gatos pingados
que fazem a moçada pecar
A carne está proibida
e não é só por seu preço
ela de Cristo foi a vida
vegetarianismo é o avesso
É hora de pensar em sacrifício
para o mérito celestial
mas confesso que tá difícil
viver sem cheirar o bacalhau
O portentoso cajado
que um dia, feliz, brandi
encontra-se encarquilhado
à espera dum Pitanguy.
Kathie, com a autoridade e a piedade monacal toma as rédeas, esporeia, e do frade puxa as oreia - e nem fica vermeia, antevendo a Páscoa, que a paz coa:
Estava de ceroulas, aposto\
Essa mania infame que tens\
De dormir à revelia, exposto\
E os badalos fazendo belém!\
Nanda deu-lhe uma banana\
Pois tu apoquentas a pobrezinha\
Cuidado que ele te põe em cana\
E ainda te dá uma espiadinha\
Comprei tuas batinas emproadas\
Aqui nas bandas do Saara\
São baratinhas e bem ousadas\
Segura o teu pum e vê se não rasga!\
Perseguida como nunca\
Eis a irmã atormentada po ti\
Tu não é fácil e não se manca\
Pombinha precisa voar e fugir\
Esse teu círio me dá trabalho\
Chupo o pavio, deixo duro e acendo\
Já tô por conta do car(v)alho\
Desse jeito, com júbilo me rendo\
As águas já descem molhadas\
Porque o frei tem o cajado\
Tocando as ovelhas malhadas\
E o (Cu)pido é bem avantajado\
E que seja nessa quaresma\
Todo o ato fervoroso\
Para espantar esse frei palerma\
E também o tal tinhoso\
E no mais deixe de lenga-lenga\
Vamos comemorar a Páscoa\
E corra pra esconder a benga(la)\
Que de tanto "fuin", pra frente escoa\