Reino de Sussuarana
Por: Valdeck Almeida de Jesus
Aqui tem reis e rainhas
Aqui são todos iguais
Lutando por mais respeito
Sejam filhos ou sejam pais
Pra respeitar descendentes
E também aos ancestrais.
A luta de todos é contra
Essa tal de violência
E também contra racismo
Que destrói a inocência
Mas a paz vai ser de todos
Que esperar com paciência.
A paz reinará pra todos
Seja branco ou seja negro
A riqueza dividida
Será menos desapego
E a justiça social
Será o nosso sossego!
Tudo nosso e nada deles
É o lema da favela
Só queremos o que é nosso
Pra fazer nossa novela
Nossa força é nossa gente
Nos apegamos a ela.
Nossa cor é nossa marca
Nosso sangue é real
Descendentes da nobreza
Da linda África natal
Nós somos reis e rainhas
Somos um povo legal.
Somos do Reino da Onça
Sussuarana no nome
Todos nós somos guerreiros
Seja mulher ou seja homem
Temos sede de justiça
De respeito temos fome.
Valorizamos raízes
Respeito e diversidade
Cada um é especial
Não importando a idade
Nosso lema é social
E é solidariedade.
Se mexer com um dos nossos
Mexeu com a família inteira
Mesmo sendo diferentes
Temos a mesma bandeira
Se quiser nos conquistar
Chegue sem muita besteira.
Príncipe do Gueto é meu povo
Seja branco ou seja preto
E cada um da favela
Que exige e pede respeito
Pois é gente de valor
E leva a vida no peito.
Tem valor quem valoriza
E vive a vida lutando
Pra quebrar o preconceito
E a cada um respeitando
Com dança, rap e poesia
Um leão por dia matando.
Tem respeito quem batalha
E que vai sobrevivendo
Contra todas as apostas
Mesmo de dores sofrendo
Derrubando as barreiras
Quebrando qualquer remendo.
Esse povo sobrevive
Vive a vida no trabalho
Vai a pé ou de carona
E fazendo seu atalho
Se não acha emprego fixo
Se vira num quebra galho.
No gueto tem bom exemplo
E posso citar alguns
Tem Sandro Sussuarana
Que comendo ou em jejum
Trabalha como um trator
São vários homens em um.
Dorme tarde e acorda cedo
Pra no batente pegar
E depois na faculdade
Estudando pra danar
Dificuldades encontra
Mas ele não quer parar.
Da vida faz poesia
Do choro faz u’a risada
Não se vê Sandro chorando
E nem com cara amarrada
Muito menos lamentando
Da sua grande jornada.
Evanilson é outro exemplo
De menino se fez homem
O que mais lhe atormenta
Eu lhe digo, grave o nome
Esse cabra vai matar
De muita gente a fome.
A fome de poesia
Essa fome que alimenta
Pois do nada ele faz
Um poema ele inventa
E depois sai umas músicas
Que a tudo movimenta.
Salva vida com palavra
Salva jovem e salva adulto
Gente do gueto ou do centro
Não deixa cair em luto
Pra curar uma tristeza
Evanilson é absoluto.
William e a Lane Silva
É a dupla de irmãos
Um fala e o outro completa
Rima sim e rima não
Poesia é o nome deles
E ambos se dão as mãos.
Maiara Silva e Mateus
São gêmeos do coração
Dois grandes e bons poetas
Mais que amigos, irmãos
Se ela não para quieta
Ele lhe dá um puxão.
Gleise Silva é caladinha
Mas esconde um talento
Controla o grande Evanilson
O ama a todo momento
Um é a poesia do outro
Nossa, quanto sentimento!
Carol Xavier é um dengo
Um amor de formosura
O coração sobe na boca
Que lhe causa mui ternura
Emoção forte a derruba
Esse poço de fofura.
A Larissa Oliveira
Tem talento e é sapeca
É toda uma princesinha
Mais parece uma boneca
Como todas as amigas
Ela nunca fica quieta.
Tem moço novo no grupo
Mais parece um menino
Alegria é seu nome
Educado e muito fino
Já adivinhou o seu nome?
É o Bruno Cupertino.
O Sérgio Bahialista
É o mestre da galera
Um exímio cordelista
No violão se esmera
Professor e pedagogo
Na aula ele é uma fera.
Na Grande Sussuarana
O Serginho é especial
Exemplo pra muita gente
É um cara genial
Faz da vida uma festa
É um cabra bem legal.
Alaíde é outro exemplo
A rainha do astral
Defende todo o bairro
Faz u’a luta magistral
Eta guerreira danada
Na batalha contra o mal.
Coordena sua casa
E dá aula na escola
Cuida dos filhos dos outros
Essa lindona senhora
Acolhendo a cada um
Não deixa ninguém de fora.
Brenda Gomes e Lissandra
Formam dupla da pesada
Tira foto, escreve texto
Em tudo ficam ligadas
Bastidores é com elas
E topam qualquer parada.
Joyce Melo é uma graça
Poetisa de valor
Seus textos são contundentes
Falam forte e com ardor
A poesia de Joyce
Tem sentimento e amor.
Adalmi e Leandro Mota
Forma dupla de poetas
Depois formaram um trio
Pra trupe ficar completa
Jocevaldo Santiago
Encontrou a porta aberta.
Verônica Soares quietinha
Mas faz boa poesia
De quebrada na favela
Seu texto é só alegria
Amizade é o tema dela
E também a fantasia.
Aqui não citei a todos
Mas digo de coração
Rainhas e Reis de verdade
Da nossa grande nação
Vivem aqui em nosso gueto
Ajudando a seu irmão.
Quem merece este título
É quem luta todo dia
Contra a discriminação
Na nossa linda Bahia
E que derruba o racismo
Seja de noite ou de dia.
A cada mano e mana
Da quebrada e do gueto
Seja loiro ou seja branco
Seja preta ou seja preto
Merece aplauso e louvor
Pra quebrar o preconceito.
Quem merece ser louvado
E receber atenção
É cada um dos nossos manos
Que luta por inclusão
Por justiça e por respeito
Pra cada nosso irmão.
Por: Valdeck Almeida de Jesus
Aqui tem reis e rainhas
Aqui são todos iguais
Lutando por mais respeito
Sejam filhos ou sejam pais
Pra respeitar descendentes
E também aos ancestrais.
A luta de todos é contra
Essa tal de violência
E também contra racismo
Que destrói a inocência
Mas a paz vai ser de todos
Que esperar com paciência.
A paz reinará pra todos
Seja branco ou seja negro
A riqueza dividida
Será menos desapego
E a justiça social
Será o nosso sossego!
Tudo nosso e nada deles
É o lema da favela
Só queremos o que é nosso
Pra fazer nossa novela
Nossa força é nossa gente
Nos apegamos a ela.
Nossa cor é nossa marca
Nosso sangue é real
Descendentes da nobreza
Da linda África natal
Nós somos reis e rainhas
Somos um povo legal.
Somos do Reino da Onça
Sussuarana no nome
Todos nós somos guerreiros
Seja mulher ou seja homem
Temos sede de justiça
De respeito temos fome.
Valorizamos raízes
Respeito e diversidade
Cada um é especial
Não importando a idade
Nosso lema é social
E é solidariedade.
Se mexer com um dos nossos
Mexeu com a família inteira
Mesmo sendo diferentes
Temos a mesma bandeira
Se quiser nos conquistar
Chegue sem muita besteira.
Príncipe do Gueto é meu povo
Seja branco ou seja preto
E cada um da favela
Que exige e pede respeito
Pois é gente de valor
E leva a vida no peito.
Tem valor quem valoriza
E vive a vida lutando
Pra quebrar o preconceito
E a cada um respeitando
Com dança, rap e poesia
Um leão por dia matando.
Tem respeito quem batalha
E que vai sobrevivendo
Contra todas as apostas
Mesmo de dores sofrendo
Derrubando as barreiras
Quebrando qualquer remendo.
Esse povo sobrevive
Vive a vida no trabalho
Vai a pé ou de carona
E fazendo seu atalho
Se não acha emprego fixo
Se vira num quebra galho.
No gueto tem bom exemplo
E posso citar alguns
Tem Sandro Sussuarana
Que comendo ou em jejum
Trabalha como um trator
São vários homens em um.
Dorme tarde e acorda cedo
Pra no batente pegar
E depois na faculdade
Estudando pra danar
Dificuldades encontra
Mas ele não quer parar.
Da vida faz poesia
Do choro faz u’a risada
Não se vê Sandro chorando
E nem com cara amarrada
Muito menos lamentando
Da sua grande jornada.
Evanilson é outro exemplo
De menino se fez homem
O que mais lhe atormenta
Eu lhe digo, grave o nome
Esse cabra vai matar
De muita gente a fome.
A fome de poesia
Essa fome que alimenta
Pois do nada ele faz
Um poema ele inventa
E depois sai umas músicas
Que a tudo movimenta.
Salva vida com palavra
Salva jovem e salva adulto
Gente do gueto ou do centro
Não deixa cair em luto
Pra curar uma tristeza
Evanilson é absoluto.
William e a Lane Silva
É a dupla de irmãos
Um fala e o outro completa
Rima sim e rima não
Poesia é o nome deles
E ambos se dão as mãos.
Maiara Silva e Mateus
São gêmeos do coração
Dois grandes e bons poetas
Mais que amigos, irmãos
Se ela não para quieta
Ele lhe dá um puxão.
Gleise Silva é caladinha
Mas esconde um talento
Controla o grande Evanilson
O ama a todo momento
Um é a poesia do outro
Nossa, quanto sentimento!
Carol Xavier é um dengo
Um amor de formosura
O coração sobe na boca
Que lhe causa mui ternura
Emoção forte a derruba
Esse poço de fofura.
A Larissa Oliveira
Tem talento e é sapeca
É toda uma princesinha
Mais parece uma boneca
Como todas as amigas
Ela nunca fica quieta.
Tem moço novo no grupo
Mais parece um menino
Alegria é seu nome
Educado e muito fino
Já adivinhou o seu nome?
É o Bruno Cupertino.
O Sérgio Bahialista
É o mestre da galera
Um exímio cordelista
No violão se esmera
Professor e pedagogo
Na aula ele é uma fera.
Na Grande Sussuarana
O Serginho é especial
Exemplo pra muita gente
É um cara genial
Faz da vida uma festa
É um cabra bem legal.
Alaíde é outro exemplo
A rainha do astral
Defende todo o bairro
Faz u’a luta magistral
Eta guerreira danada
Na batalha contra o mal.
Coordena sua casa
E dá aula na escola
Cuida dos filhos dos outros
Essa lindona senhora
Acolhendo a cada um
Não deixa ninguém de fora.
Brenda Gomes e Lissandra
Formam dupla da pesada
Tira foto, escreve texto
Em tudo ficam ligadas
Bastidores é com elas
E topam qualquer parada.
Joyce Melo é uma graça
Poetisa de valor
Seus textos são contundentes
Falam forte e com ardor
A poesia de Joyce
Tem sentimento e amor.
Adalmi e Leandro Mota
Forma dupla de poetas
Depois formaram um trio
Pra trupe ficar completa
Jocevaldo Santiago
Encontrou a porta aberta.
Verônica Soares quietinha
Mas faz boa poesia
De quebrada na favela
Seu texto é só alegria
Amizade é o tema dela
E também a fantasia.
Aqui não citei a todos
Mas digo de coração
Rainhas e Reis de verdade
Da nossa grande nação
Vivem aqui em nosso gueto
Ajudando a seu irmão.
Quem merece este título
É quem luta todo dia
Contra a discriminação
Na nossa linda Bahia
E que derruba o racismo
Seja de noite ou de dia.
A cada mano e mana
Da quebrada e do gueto
Seja loiro ou seja branco
Seja preta ou seja preto
Merece aplauso e louvor
Pra quebrar o preconceito.
Quem merece ser louvado
E receber atenção
É cada um dos nossos manos
Que luta por inclusão
Por justiça e por respeito
Pra cada nosso irmão.