QUERO SER O JARDINEIRO
Beatriz o teu sorriso
Faz meu corpo delirar
Me pego a imaginar
Onde vai o teu lirismo
É certeza eu vou sonhar
Mergulhar em teus abismos
Não me sei especial
Mas recebo tuas flores
E nelas o teu amor
Que aqui se faz imaterial
Eu quero te agradecer
Por dar luz ao meu viver
Neste dia de carnaval
Estas flores são sutis
Nos mexem na emoção
Quanta coisa eu já quis
Pobre do meu coração
Quase nada alcancei
Colecionei desilusões
Nestas uvas deposito
As forças da minha alma
E a natureza visito
Buscando a minha calma
O descanso para o corpo
O frescor que a vida exala
Tragando o vinho porto
Quero ser o jardineiro
Pra borrifar esta flor
Dar seu viço verdadeiro
Recheado pelo amor
E quando ela murchar
Quero amparar sua dor
A água esta escassa
Os governantes perdidos
Tratam-nos como bandidos
Taxando o que não existe
Este mundo desvairado
A vida assim é triste
Quantas flores por aqui
Minha alma entra em festa
Sou compulsivo a sorrir
Me sinto em uma floresta
Onde pássaros fazem ninhos
Pois as árvores os refrescam
Lindo é este cachorrinho
Dentro desta flor lilás
Ele encanta muito mais
Do que meu poema morto
Que nasceu duma discorda
Entre a vida e o aborto
Em cada botão de flor
Visualizo o teu ser
Mas não digo ser amor
Pois você nem quer me ver
São energias profundas
Duma amizade fecundo
Que hora sinto fenecer.
Nesta honrosa parceria,
Aos versos que componho,
Realiza os meus sonhos,
De velos ornamentados,
Com o capricho que tu tens,
Me sinto um privilegiado.
Quando recebo flores, choro,
O meu coração se derrete,
Isto é porque sou simplório,
Mas a vida tem seus fleches,
Vinda de alguém tão nobre,
A minha alma se envaidece.
luso poemas 15/02/15