Frei Dimão adverte pros males do mundo
Hoje após rezar as matinas
eu fiz um duro sermão
contra ovinas e caprinas
que pastam na perdição
A noite é para o descanso
não me canso de bradar
e que não fique mais ranço
mesmo se a cama molhar
Cuidado com os falsos profetas
que vendem a salvação
com suas preces diletas
só levam a mais confusão
Ao Pai para ter acesso
é preciso da castidade
e esse confuso progresso
só tristeza traz a este frade
Voltemos à tradição
que é o sagrado sendeiro
basta pegar meu bastão
e não aquele de pinheteiro
Vamos logo tomar a arca
que é a única saida de fé
se o dilúvio ao mundo abarca
a salvação tá na mão de Noé
Contudo, lá um camarote
pode custar uma baba
por isso lhes dou o mote
senão como paga, ele enraba
Lá lhes protejo da cobra
que volta e meia inda pica
pode dar a maior mão de obra
e inda por cima, se estica
Agrego as consagradas
irmãs Gilvânia e Tânia
elas já estão molhadas
por essa chuva, que insânia
Cuidado com as tentações
que se repetem em bis
e entre maiores garanhões
esta o ousado de Assis
A virgindade pra se preservar
ao frade deve ser entregue
e se alguém a macular
que o maligno o carregue
Kathie se ocupa do círio
que além de grosso é roliço
da infidelidade é martirio
dizia já o bom padim Ciço
De Três Lagoas a musa
atenciosa que vinha
de repente ela se escusa
só pra dar uma fugidinha
Anda silente a casta Nanda
apertada que está de costura
quando pra Europa não se manda
e deixa vazia a clausura
De um lustro carece o cajado
que de seca e meca já andou
é ele o báculo ah, bem suado
que Padre Marcelo me passou
Com esse atentado na França
a intolerância é que prevalece
e antes de se encher a pança
uma prece o Pai agradece
Guída, une-se ao frei na prece e, pia e virtuosa, tece versejação laudatóra e glori(g)osa:
Rezei contigo a matina#
e entendi todo o sermão#
tu é contra ovinas e caprinas#
me preocupo com tua ablução##
A noite já não descanso#
só penso no teu bradar#
não sei se afogo o ganso#
ou deixo o Frei se virar##
Outro dia vi um profeta#
mais falso que nota de três#
com sua prece dileta#
com sacanás foi falar de vez##
Ah! Frade não fique triste#
com esse confuso progresso#
mantenha o que está em riste#
e que não sejas o inverso##
Eu não gosto de mudança#
por nada troco de bastão#
nele vejo a esper(m)ança#
e sei que tenho razão##
Noé é o responsável#
pela dengue! Que esquisito#
ele foi muito implacável#
ao levar pra Arca o mosquito##
Frei Dimão te dou uma dica#
se o camarote custa uma baba#
enquanto o badalo balança e re(pica#
eu te sirvo um suco de beterraba##
Eu não tenho medo da cobra#
não precisa me proteger#
quando ela estica não se dobra#
se ela me pica, isso quero ver##
As novas congregadas#
precisam fazer as matinas#
elas devem ser avisadas#
que tem de lavar tuas batinas##
Hoje mesmo fui tentada#
a entrar num chafariz#
quando eu já estava molhada#
lá dentro já estava Assis##
Oh meu frade corajoso#
a ti entrego-te a virgindade#
assim com teu jorro gosozo#
puro(lubri)fico minha castidade##
Kathie faz tudo certinho#
se está com o círio roliço#
é por que sobrou um tempinho#
ela está preocupada com isso##
A musa de Três Lagoas#
está com muito calor#
foi se banhar na lagoa#
para aplacar seu ardor##
Começo de ano é correria#
Nanda tem muito o que fazer#
É melhor ela fazer poesia#
e ir pra Europa e esquecer##
Deixa que do cajado tomo conta#
não importa por onde andou#
se tem segredos não me conta#
não quero saber do que passou##
Com esse atentado na França#
não sei muito o que dizer#
mas eu tenho a esperança#
os culpados vão no mármore arder.##
Rezei contigo a matina#
e entendi todo o sermão#
tu é contra ovinas e caprinas#
me preocupo com tua ablução##
A noite já não descanso#
só penso no teu bradar#
não sei se afogo o ganso#
ou deixo o Frei se virar##
Outro dia vi um profeta#
mais falso que nota de três#
com sua prece dileta#
com sacanás foi falar de vez##
Ah! Frade não fique triste#
com esse confuso progresso#
mantenha o que está em riste#
e que não sejas o inverso##
Eu não gosto de mudança#
por nada troco de bastão#
nele vejo a esper(m)ança#
e sei que tenho razão##
Noé é o responsável#
pela dengue! Que esquisito#
ele foi muito implacável#
ao levar pra Arca o mosquito##
Frei Dimão te dou uma dica#
se o camarote custa uma baba#
enquanto o badalo balança e re(pica#
eu te sirvo um suco de beterraba##
Eu não tenho medo da cobra#
não precisa me proteger#
quando ela estica não se dobra#
se ela me pica, isso quero ver##
As novas congregadas#
precisam fazer as matinas#
elas devem ser avisadas#
que tem de lavar tuas batinas##
Hoje mesmo fui tentada#
a entrar num chafariz#
quando eu já estava molhada#
lá dentro já estava Assis##
Oh meu frade corajoso#
a ti entrego-te a virgindade#
assim com teu jorro gosozo#
puro(lubri)fico minha castidade##
Kathie faz tudo certinho#
se está com o círio roliço#
é por que sobrou um tempinho#
ela está preocupada com isso##
A musa de Três Lagoas#
está com muito calor#
foi se banhar na lagoa#
para aplacar seu ardor##
Começo de ano é correria#
Nanda tem muito o que fazer#
É melhor ela fazer poesia#
e ir pra Europa e esquecer##
Deixa que do cajado tomo conta#
não importa por onde andou#
se tem segredos não me conta#
não quero saber do que passou##
Com esse atentado na França#
não sei muito o que dizer#
mas eu tenho a esperança#
os culpados vão no mármore arder.##
A ovelha perseGuida rebate as advertências do Frei, e faz sua profissão de fé, membro da grei, que é, de fasto, ou de ré:
Rezei contigo a matina#
e entendi todo o sermão#
tu é contra ovinas e caprinas#
me preocupo com tua ablução##
A noite já não descanso#
só penso no teu bradar#
não sei se afogo o ganso#
ou deixo o Frei se virar##
Outro dia vi um profeta#
mais falso que nota de três#
com sua prece dileta#
com sacanás foi falar de vez##
Ah! Frade não fique triste#
com esse confuso progresso#
mantenha o que está em riste#
e que não sejas o inverso##
Eu não gosto de mudança#
por nada troco de bastão#
nele vejo a esper(m)ança#
e sei que tenho razão##
Noé é o responsável#
pela dengue! Que esquisito#
ele foi muito implacável#
ao levar pra Arca o mosquito##
Frei Dimão te dou uma dica#
se o camarote custa uma baba#
enquanto o badalo balança e re(pica#
eu te sirvo um suco de beterraba##
Eu não tenho medo da cobra#
não precisa me proteger#
quando ela estica não se dobra#
se ela me pica, isso quero ver##
As novas congregadas#
precisam fazer as matinas#
elas devem ser avisadas#
que tem de lavar tuas batinas##
Hoje mesmo fui tentada#
a entrar num chafariz#
quando eu já estava molhada#
lá dentro já estava Assis##
Oh meu frade corajoso#
a ti entrego-te a virgindade#
assim com teu jorro gosozo#
puro(lubri)fico minha castidade##
Kathie faz tudo certinho#
se está com o círio roliço#
é por que sobrou um tempinho#
ela está preocupada com isso##
A musa de Três Lagoas#
está com muito calor#
foi se banhar na lagoa#
para aplacar seu ardor##
Começo de ano é correria#
Nanda tem muito o que fazer#
É melhor ela fazer poesia#
e ir pra Europa e esquecer##
Deixa que do cajado tomo conta#
não importa por onde andou#
se tem segredos não me conta#
não quero saber do que passou##
Com esse atentado na França#
não sei muito o que dizer#
mas eu tenho a esperança#
os culpados vão no mármore arder.##