O Profeta
Obs.: Todos os poemas que posto aqui foram feitos há tempos.
E dos céus desce o canto para a terra
Este meu canto alto e corrente
Não dos olhos dos deuses pela Grécia
Mas das lágrimas finas do presente
Jubilado por Mortes, Julgos, Guerra
No entanto, guerreiro sorridente
De um passado pior, montes, quimeras
Mas sem nunca apagar a antecedência
Para uma planície de deserto
E o deserto e a fumaça, rumo incerto
(É a promessa de Deus: Terra Sagrada)
Eles foram então, apetitosos
Eles querem então, todo esse fardo
E amaram a terra tenebrosa
De desertos, de nada especial
Mas caráter gigante entre os destroços
Oh, Senhor! Dê-me forças, tais, iguais
À Sansão, não dos braços, para os ossos
Suas forças, eu quero, não pra o mal
Sim pra os dedos poder guerra, cantar
Foi Adão o primeiro aqui no caos
Que soprou-me aos ouvidos, qual fantasma
Vai, escreve-me bem, ou vá com os maus
Percebi que não era, mas Diabo
Esse sim, esse veio qual coral
Muito antes, pra cá pra nossa casa
Nossa casa é o mundo, de água e sal
E de terra e terras, sem mais nada
Se de fogo verás for o final
Sim, feliz, mais jazer, vou sem dar thau
Mas então, convenhamos, veio Este
Pai de todos, mais velho, neste globo
E por meios, tão seus, a gente veio
Até mesmo você, meu anjo lobo
Não há outro, não há, se não for Deus
Que fará-lo voltar pra o céu de novo
Mas não vai mais fazer, pois se perderam
Os costumes e a Fé entre o seu povo
Povo este que Deus amou, perdeu
Outra vez seu amor, amou de novo
...O Outro ruge, tal fera em calabouço
E à Camões, eu lhe peço mil perdões
Por roubá-lhe a fórmula secreta
E abrir outra vez certos portões
Bem trancados por lápis e uma reta
Uma idéia de métrica perfeita
Como tal eu lhe roubo só esta reta
Como tal eu só roubo seus defeitos
Já que a idéia é só minha, roubo a métrica
Pois as rimas, magia, imperfeitas
São "Brasis", são tão falsas, tão completas
Portugual que desculpe, mas sabemos
Somos filhos melhores, aprendizes,
Que os pais, e também, que nós cantemos
mesmo antigo, mas sempre, o mesmo hino
Se algo novo fizer-se interferente
E acolhermos, inato, este "now" vício
Nós seremos os mesmos, mas sementes
De uma nova idéia, não postiça
Mesmos trilhos, metrôs já diferentes
Mentes novas, mas mais experientes
Diga: "a nova tirana rebeldia
Institiva, animal"... É altaneira
Né? talvez o passado tenha um dia
Neste dia de sol,jovem bandeira
Eu bem sei que só canto evoluído
Tem as bases no fundo, nos primeiros
Este canto é o refúgio dos princípios
Dos finais, escolhidos, derradeiros
Porém só velhos jovens deprimidos
Podem ser vencendores do perigo
canto mágico, sara mas corroi
é magia, mistério do oriente
mas ciência. o que quando gosto dói
é a mulher. não meu canto fluorescente
algo incerto, algo exato, alguma voz
e meu canto supremo e onipotente
faz tremer toda terra, abre comportas
fecha as portas e brinca de tenente
corra esta água por todos os seus olhos
chore muito por luto, em muitos povos
então via um clarão branco, ofuscante
fechei olhos porque não aguentava
e ouvi som pomposo, retumbante
tal trovões, voz de Deus se condensava
que dizia meu filho tão errante
sou teu pai verdadeiro, que te salva
eu bem sei que não crês no Deus falante
que dirá pra escrever o que te falo
mas escrevas em versos entoantes
rimas belas, te inspiro das montanhas
tremam os montes, porque eu sou Deus supremo
desde o alfa até o ômega ofuscante
passa dois universos covalentes
ao elétron infínimo incessante
há uma bomba final, inferno quente
há um boson de higgs subtômico
correm águas mas nunca o manto infente
caudaloso, e também, filho do Homem
fica preso no inferno inteligente
infinitesimais números tremem
Duas forças se criam, nucleares
tenha medo: se fudem, se fissuram
muitos nucleos, beleza eu vejo ao mar
derreter as geleiras do futuro
cogumelo bonito, também passa
pra mais forte e suave chumbo muro
de berlim de brasília do orvalho
passam ácidos, cítrico ou sulfúrico?
arduíndo, e até flip flop passam
mas não hão de passar minhas palavras
Eu criei a ciência e a ignorância
Argumento não há que me desminta
eu criei a saudade e a distancia
me arrependo só disso, ou também disso
e de seu coração tão arrogante
de fazer tão humanos tão perdidos
são bonecas, brinquedos de gigantes
tua mente emotiva e peito frio
me arrependo até choro ao lembrar dandes
quando disse: parece-me que é bom
então passam as nuvens do exército
e dão thau ao cordeiro sanguinário
disse "vim não trazer paz nessa terra
nem desci de um mundo imaginário
prometer dar um céu para esta guerra
não mereçem, mas faz um Deus honrado
quantos anos milênios quantas eras
tem andado tais homens ao meu lado
mas se anjo mostrou-me que era fera
que dirá tais pequenos tão frustrados
Comecemos tudo isso, do começo
E o principio eram trevas sobre abismo
Eu vi tudo e de nada, não, me esqueço
Tudo é igual seja o céu ou paraíso
Eu não vejo não falo não conheco
Eu não vi nem olhei eu não existo
Deus me disse: "haja luz", então escreva
Foi daí que vivi meu sacrifício
Sou cristão mulçumano, sou judeu
E você, o que for, respeite Deus
Eu não vi quando Deus criou os céus
Nem a terra, pois era a escuridão
E aí e antes daí, pra ser fiel
O meu corpo não foi, ouviu um não
Porque lá todos bens da nossa terra
Que aliás foi criada em tal ação
Que se som estrondasse mesmo mero
Não ouviria, iria em tentação
De ficar uma vez neste universo
Não me assusta explosão, nenhum processo