Sextilha em desafio
Juciana Miguel e Ribamar Silva
Juciana
Já bati em Umbelino
Eloisa eu fiz chorar
Jeilson dias tremeu
Fiz gente se arrepiar
Agora chegou a vez do
Meu amigo Ribamar.
Ribamar
Já comigo é diferente
Sou daqueles cruéis
Que para cantar repente
Não me assustam cascavéis
Pode até ser uma serpente
A poetisa dos cordéis
Juciana
Aquieta-te Ribamar
Ou rasgo tua camisa
Vai para a tua radio
Com essa cara tão lisa
Tu não compras os meus versos
Nem com o master nem com o visa
Ribamar
Não preciso comprar verso
Porque tenho competência
Pra te virar o avesso
Vou usar minha paciência
Irei até o universo
Sem usar da violência
Juciana
No mundo da poesia
Já fui ao centro da terra
Já fui para o polo norte
Para a França e Inglaterra
Não sou como Ribamar
Que não sai do pé de serra
Ribamar
Sinto-me feliz na terra
Onde papai me criou
Sem precisar da Inglaterra
Fez-me assim trabalhador
Faço radio com alegria
Agradecendo o criador
Juciana
Sou pior que jararaca
Quando o bote vai ela dar
Do mesmo jeito que faço
Quando eu vou improvisar
Ribamar hoje ta doido
Para sofrer e apanhar
Ribamar
Eu não uso a valentia
Para encantar essa gente
Vou apresentar a poesia
Numa forma bem descente
Eu canto com alegria
O meu verso e o repente
Juciana
Você está é com medo
Mas não precisa correr
Enxugue o pranto do rosto
E não precisa mais tremer
Que apesar deu ser ruim
Eu não quero te bater
Ribamar
Eu gosto de poesia
Sempre cantava repente
Fazia versos todo dia
Enfrento até serpente
Para mostrar a valentia
Desse poeta da gente
Juciana
Deixe de tanto desdém
Mostre que sabe improvisar
Deixe dessa valentia
Meu amigo Ribamar
Que aqui nesse desafio
Eu tiro o primeiro lugar
Ribamar
Juciana é inteligente
Mas não sabe cantar
Esse verso bem decente
Que estou a improvisar
Utilizando o repente
Do poeta Ribamar
Juciana
Deixe de tanto falar
Deixe de cortar caminho
Sei que tu que ir embora
Fique só mais um pouquinho
Que até o amanhecer
Eu arranco o teu lombinho
Ribamar
Vou te avisar Juciana
Você é muito decente
Mas comigo se engana
Amiga daqui pra frente
Vai cantar chupando cana
Para aprender fazer repente
Juciana
Termino aqui meu repente
Mais quero lhe avisar
Não existe poeta grande
Para no verso me enfrentar
Dei-te só uma pisa grande
Tive pena de te matar
Ribamar
Agora tenho certeza
Que te botei pra correr
Descartei tua beleza
Mostrando que sei fazer
Poemas com sua alteza
Sou poeta até morrer