VALEU, CHESPIRITO!

Roberto Gómez Bolaños
Mexicano genial
Partiu do plano terreno
Pro plano celestial
Mas no coração dos fãs
Esse cara é imortal

Uma diversão total
Esse artista propicia
Seus personagens famosos
Trazem riso e fantasia
São Chaves e Chapolin
Sinônimos de alegria

Do barril faz "moradia"
O garoto esfomeado
Querido pelos amigos
Mas um tanto desastrado
Chaves é uma figura
E, por isso, é tão amado

Qualquer coisa faz, coitado
Pelo lanche predileto
Sanduiche de presunto
Não deixa o menino quieto
Rejeitar essa comida?
Nem pensar, nem por decreto

Faz traquinagens direto
Às vezes é abelhudo
Aporrinha Seu Madruga
E leva um belo cascudo
Quando sente um grande medo
Paralisa e fica mudo

Seus bordões, além de tudo
São simples e divertidos
Talvez sem querer querendo
Agradam nossos ouvidos
Por diversas gerações
Estão sendo repetidos

Falemos dos oprimidos
Que têm o seu defensor
É o Polegar Vermelho
Que chega com destemor
Nobre, astuto, calmo e frio
Chapolin tem seu valor

Se chamado, aonde for
Leva consigo a marreta
Preparado, mas nem tanto
Pense num herói porreta
Com antenas de vinil
O inimigo sente... É treta!

Impagável a careta
Que faz sempre o Vermelhinho
Quando o vilão aparece
E ele se treme todinho
Hilário quando "amarela"
E quer sair de fininho

Enfim, seguiu seu caminho
Partindo pro andar de cima
O criador dessa dupla
Que até hoje o povo anima
Vá em paz, grande Roberto
Você deixa aqui por certo
Um legado mui bonito
No Brasil e mundo afora
Muita gente ri e adora
Valeu demais, Chespirito!

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* Homenagem a Roberto Gómez Bolaños, criador e intérprete dos personagens Chaves e Chapolin, que faleceu hoje (28/11/2014), aos 85 anos.