As Más Línguas

Nossa língua não mastiga

Mas ajuda na função

Umedece, também "liga"

A nossa alimentação

Pode causar uma briga

Uma grande confusão.

E também na digestão

Ela muita colabora

Ela fere coração

Que para sarar, demora

Tem língua que caminhão

Para carregá-la, "chora".

Um pedaço fica fora

Do caminhão, pode crer

A situação piora

Quando ainda quer crescer

Se alguém o pedaço, tora

Levá-lo, não vai poder.

Tem língua que tem prazer

De comentar um fracasso

Mesmo tendo o que fazer

Pra falar, procura espaço

Não tem osso, mas quer ser

Bem mais forte do que aço.

Lampião, rei do cangaço

Desse órgão, tinha medo

Porque causa estardalhaço

Dorme tarde, acorda cedo

Ela diz, eu tudo "traço"

Descubro qualquer segredo.

Gosta bastante d'enredo

De ver você passar mal

A língua do Zé Macedo

Só o espaço sideral

Poderá lhe dá abrigo

Tem língua que'é'um perigo!

Da sogra, em especial.

Eu falei das línguas más

Só não sei se me dei bem

Se eu não me dei bem, mas

Eu não me dei mal, também

Assim, coluna do meio

Falar dos outros é feio

Um ato que não convém.

Interação do poeta Dito:

A língua é como um punhal

Sabendo usá-la, não se dá mal

Caso contrário, ou você late ou faz miau

É como diz o Zébedeu: Escreveu não leu o, pau comeu.

Mui grato, poeta Dito!

Tiago Duarte
Enviado por Tiago Duarte em 26/11/2014
Reeditado em 02/12/2014
Código do texto: T5049893
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