NAS QUEBRADAS DO SERTÃO

Você que sente furor

De não poder se conter,

Devido o Nordeste ter

Votado com tanto amor

Na Dilma, peço o favor

De ouvir nossa razão:

Antes não tínhamos pão,

Dignidade nem nome,

Pobre morria de fome

Nas quebradas do sertão

Devido à necessidade

O pobre não estudava,

Dificilmente chegava

A cursar a faculdade;

Não tinha eletricidade,

Água, só no cacimbão,

Só conhecia avião

Voando pelo espaço

Ou se caísse um pedaço

Nas quebradas do sertão.

Na cozinha do burguês

A doméstica escravizada

Sem ter carteira assinada

Nem uma folga por mês;

Vaqueiro não tinha rês,

Nem ajuda do patrão

Lavrador não tinha grão,

Nem terra para plantar,

Nem casa para morar

Nas quebradas do sertão.

Não havia bolsa-família,

Bolsa-escola nem se fala,

Na cozinha, quarto e sala

Não existia mobília;

Os políticos em Brasília,

Só vinham à região

No período de eleição,

A todos nós enganavam,

Depois nunca mais pisavam

Nas quebradas do sertão.

Hoje está tão diferente

Daquele tempo de outrora

Porque todo pobre agora

Vive uma vida decente;

Você que não foi carente,

Nunca passou precisão,

Não discrimine o irmão

Que se livrou das misérias,

Venha curtir suas férias

Nas quebradas do sertão!

Joames.