UM ARBUSTO COR DE ROSA.
Uma árvore em florada,
Com botões volumosos,
É uma cena encantada
Com viço posto a prova,
Algo bonito de ver-se,
Um arbusto cor de rosa.
Teu beijo chegou molhado,
Com saliva da inocência,
Eu me sinto apaixonado,
Denoto minha carência,
Pela tua irreverência,
Ó criança iluminada
Se Natali é a poesia,
Vou me empenhar nela,
Compor minha aquarela,
Dar contorno a meu verso,
Eu quero fazer progresso,
E sobejar sua primazia.
Desmatar é erro crasso,
Molesta o ser humano,
Que é um suicida nato,
Um dito morto de fome,
Alienado por dinheiro,
Destruidor do ozônio.
A beleza tem duas faces,
Como tudo nesta vida,
Pode nos trazer afagos,
Ou nos tirar da partida,
Deixa o jogo inviável,
E nos provoca feridas.
Neste coelhinho rosa,
Vou embeber meu perfume,
Quero te fazer ciúmes,
Antes mesmo duma prosa,
Sentiras todo o meu viço,
Ó minha prenda dengosa.
Esta coisinha mais linda,
Querendo pular o muro,
Como será no futuro,
Ao ser alguém crescida,
Dará trabalho aos pais,
Dotando o mundo de vida,
Seu coração pulsa forte,
Minha alma fica cheia,
Por ser nascida no norte,
Começo a fazer a teia,
Para poder desfrutar,
As águas que te permeiam.
Este coração em árvore,
Me causou muita magia,
Há tempos que eu não via,
Figura tão pragmática,
Minha mente idolatra,
Quase que me anestesia.
Nascer é uma missão,
Viver cabe ao transeunte,
Mas dosar as emoções,
Dar relevante deslumbre,
Nos livrar das tentações,
É dissecar os assuntos.
LUSO POEMAS 25/10/14