Frei Dimao esculacha a discipula relapsa
As matinas ja passaram
tua hora passou, poe-te de pe
reza o que te ensinaram
louva o homem de Nazare
E vem fazer tua confissao
sobre o que foi tua noitada
se queres pois salvacao
participa desta empreitada
Foste `a rua do Pecado
pegar carona no FENEME
e' um mal ja consumado
obra de algum Saci Perere
Se nesta batida te vicias
estamos mesmo perdidos
ja nao mais te sacias
com os meus sacros pruridos
Furaste minha camisinha
eu pergunto com que intencao
pois dali saiu a morrinha
para tua concepcao
Se te divertes com minha lava
fazendo com ela gozacao
ainda viraras uma escrava
deste gozoso vulcao
Sabes que atrai tua fulva
toda a cambada de plantao
querendo chupar tua ulva
ate o Pai anda perdidao
Mas nao sigas esse caminho
ele leva `a derrocada
e no fim se acaba sozinho
e ate a mao fica tarada
Hoje comungaras
com a alma em plena alvura
destarte, nao phoderas
mesmo levando uma dura
Teu rumo e' o paraiso
mas faz bem a ablucao
neste mundo tao narciso
espelho e' so tentacao
De Monay atendo o chamado do santo Frei, e integra sua grei
Já rezarei as matinas\\
Ponho de pé em pouco tempo\\
Mas não vá relar as meninas\\
Sei que isso é o seu intento\\
Quero a salvação num barracão\\
Sambar até doerem os meus calos\\
É que nada levo nesse mundo cão\\
Só vejo a tristeza e dor e não me calo\\
Fui à Praça XV falar co' as meninas\\
Deixar a minha oração mais pura\\
Falar do frei e de sua homilia\\
E de sua tara por bunda de tanajura\\
Mas tua arremetida é forte\\
Faz-me santa de altar\\
Então dá-me o teu norte\\
Que quero de novo me deleitar\\
Tua camisinha é bem velha\\
Trata de cozê-la co' a mão\\
E deixe de dar na telha\\
E fazeres enorme confusão\\
Tua lava é quentura\\
Me dá até cansaço\\
Mas vejo-a na clausura\\
Do meu furo todo assado\\
Minha fulva é do frei Dimão\\
Que sou devota na fidelidade\\
E sei que até o cramulhão\\
Já quis essa minha castidade\\
Já me redimi e aqui estou de joelhos\\
Não quero caminho torto, mas ereto!\\
E dá-me co'as tuas mão o teu recheio\\
Só assim entrarei no cajado reto!\\
Comungarei como a ovelha desgarrada\\
Tô voltando pro Pai que me ama\\
E vê se não me põe em enrascada\\
E não mais me manches na tua cama\\
Meu rumo já está decidido\\
Irei ao céu bem rápido\\
E tu frei que é bem oferecido\\
Irá também à jatos\\