Dia da criança.

Todo dia é da criança

Para algumas está distante

Ele é a esperança

Do carrinho mais brilhante

Da boneca radiante

E do lar reconfortante.

Não se iluda com a milícia

Que protege o inocente

São desculpas da malícia

Que a si já não aguenta

Que se veste de polícia

Mas no fundo é agourenta.

São projetos fracassados

Falcatruas cometidas

São palavras mal faladas

Por velhas intrometidas

São mulheres mal amadas

Que não passam de enxeridas.

Muitas damas de escol

Que vivem no anonimato

São mulheres que o sol

Mostrar ter no seu retrato

São assim grande farol

Onde existe desacato.

Muitas outras são mulheres

Fracassadas, sem família,

Muitas vezes com alteres

Cujo peso é a homilia

E nos seus caracteres

Mostram a hipocrisia.

São cometas sem destino

Orbitando a ilusão

Não tiveram o seu menino

São contra a concepção

Têm em si mal do ensino

Que amordaça o coração.

Muitas delas maldizentes

São as mesmas que reclamam

Se dizendo muito crentes

A Deus mesmo não proclamam

Servem sempre obedientes

Mas no fundo só enganam.

Muitos homens nesse meio

Se dizendo muito santo

Cansados de fazer feio

Muitos já não têm seu canto

Já pegaram o bem alheio

Já causaram muito pranto.

As famílias destruídas

Que prometem o bem fazer

Têm visão obstruída

Pela honra do poder

Se mantendo iludidas

Não vão dar, só prometer.

As crianças sem um lar

Não têm seu nem mesmo o dia

Se à noite vão jantar

Não comeram todo o dia

Quando vão se alimentar

Ganham pão, não moradia.

É verdade companheiro,

Há crianças sem um sem lar

Consegui juntar dinheiro

Pra depois dele fartar

Mas viveu o tempo inteiro

Procurando a quem amar.

Isso é fácil confirmar

Hoje é dia é da criança

Mas não posso concordar

Com essa inútil gastança

Que promete no falar

Mas retira a esperança.

Renato Lima
Enviado por Renato Lima em 12/10/2014
Reeditado em 12/10/2014
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