Dia da criança.
Todo dia é da criança
Para algumas está distante
Ele é a esperança
Do carrinho mais brilhante
Da boneca radiante
E do lar reconfortante.
Não se iluda com a milícia
Que protege o inocente
São desculpas da malícia
Que a si já não aguenta
Que se veste de polícia
Mas no fundo é agourenta.
São projetos fracassados
Falcatruas cometidas
São palavras mal faladas
Por velhas intrometidas
São mulheres mal amadas
Que não passam de enxeridas.
Muitas damas de escol
Que vivem no anonimato
São mulheres que o sol
Mostrar ter no seu retrato
São assim grande farol
Onde existe desacato.
Muitas outras são mulheres
Fracassadas, sem família,
Muitas vezes com alteres
Cujo peso é a homilia
E nos seus caracteres
Mostram a hipocrisia.
São cometas sem destino
Orbitando a ilusão
Não tiveram o seu menino
São contra a concepção
Têm em si mal do ensino
Que amordaça o coração.
Muitas delas maldizentes
São as mesmas que reclamam
Se dizendo muito crentes
A Deus mesmo não proclamam
Servem sempre obedientes
Mas no fundo só enganam.
Muitos homens nesse meio
Se dizendo muito santo
Cansados de fazer feio
Muitos já não têm seu canto
Já pegaram o bem alheio
Já causaram muito pranto.
As famílias destruídas
Que prometem o bem fazer
Têm visão obstruída
Pela honra do poder
Se mantendo iludidas
Não vão dar, só prometer.
As crianças sem um lar
Não têm seu nem mesmo o dia
Se à noite vão jantar
Não comeram todo o dia
Quando vão se alimentar
Ganham pão, não moradia.
É verdade companheiro,
Há crianças sem um sem lar
Consegui juntar dinheiro
Pra depois dele fartar
Mas viveu o tempo inteiro
Procurando a quem amar.
Isso é fácil confirmar
Hoje é dia é da criança
Mas não posso concordar
Com essa inútil gastança
Que promete no falar
Mas retira a esperança.