UM PEQUENO CONTO!
Quero fazer um cordel
Para poder dedicar
A um casal de amigos
Bacana e espetacular
Que conheci em Floripa
Bem na hora de almoçar
Eu estava num congresso
Ao lado do meu tesouro
Companheira dedicada
Mulher melhor do que ouro
Eu e ela assombrados
Num estranho logradouro
Logo que chegamos lá
Foi nos servido um almoço
Com comidas diferentes
Juro que não vi um osso
Pensei cá com meus botões:
O cardápio é um colosso
Após eu encher meu prato
Marinês também o dela
Olhamos desconfiados
Como quem roga e apela
Pra uma elegante senhora
Sentada no canto dela
A senhora está sozinha?
Podemos lhe acompanhar?
Foi assim que eu procedi
Pedindo prá me sentar
Dela recebi um sim
E eu comecei conversar.
Ela por ser educada
Muito nos deu atenção
Apresentou seu esposo
Um distinto cidadão
Que logo fiquei sabendo
Ser filho de outra nação
Ele então cumprimentou
O casal de sertanejo
Numa língua diferente
Pelo menos da que eu vejo
Aí vi que era o espanhol
Língua que aprender almejo
Papo vai e papo vem
Disparei a conversar
Falando da minha gente
Sem deixar nada faltar
O sertão que eu pintei
Dar vontade de adotar
Quando nós nos despedimos
Preocupado eu fiquei
Será que eu falei demais?
Diga-me se eu abusei...
No ouvido de Marinês
Tudo isso eu cochichei.
Porém o casal amigo
Respondeu noutro sentido
Não sei se por ter gostado
Do converseiro comprido
Para que saíssemos juntos
Partiu deles um pedido
Conhecemos restaurantes
Comi do bom e melhor
Na companhia dos dois
Ouvindo até Belchior
Disso não vou esquecer
Tudo contarei de “cór”.
Não desejo lhes cansar
Com o que pus no papel
Quis apenas responder
O que seria um cordel
Pergunta que me fizeram
Salvo engano no hotel.
Por fim amigos queridos
Queremos agradecer
A companhia agradável
Os momentos de prazer
Que tivemos em Floripa
Somente em lhes conhecer.