AMO, AMO, AMO, EU AMO A MIM MESMO

Não sei se quero amar

Amar é melancólico

Até gosto de chorar

Num clima bucólico

Na vida amorosa

É triste meu histórico

Pra que gostar de alguém

O tempo todo assim

Prefiro antes de tudo

Gostar um pouco de mim

Se bem que às vezes

Da vida, quase dei fim

Já amei com tanta força

Uma mulher que encontrei

Tava Perdida pela rua

Quando nela esbarrei

Quando olhei nos olhos

Por ela me apaixonei

Mas com o tempo

Fui ficando muito triste

Nós estávamos felizes

Pra mim isso não existe

Eu me sinto bem melhor

Quando a tristeza persiste

Ah, eu quero chorar

Quando ela for embora

Quando ela aborrecida

Me maltratar toda hora

Quando ela me trair

Até o romper da aurora

Sou feliz quando sofro

Qua a lágrima rola

Quando ouço um tango

Em minha rádio vitrola

Quando ando atrás dela

Até gastar minha sola

Quando a dor me assola

Meu corpo em convulsão

Quando mágoa é forte

Quase explode o coração

É com toda essa mágoa

Que me vem a inspiração

Que essa agonia perdure

E nunca me abandone

Que seja vilipendiado

Vá sorriso, vê se some!

Para que com os meus versos

Todos digam o meu nome

Sendo triste sou feliz

Bem mais que eu podia ser

Expressando meu ardor

Para o verso não perder

Recitarei por toda vida

Até o dia que eu morrer

Não pensem que choro

A minha vida toda

Sou feliz por ser assim

E que o resto se foda

Vou girar até estar tonto

Me afogar na minha onda

E com essa dor no peito

Vou ser sempre um poeta

Vou falar de alegria

Fazer da morte uma festa

E transformar o mau agouro

E prosa, poema e conversa