Apresentação do livro DOIS POETAS, DOIS ESTADOS E UM BALAIO DE VERSOS
Foi-me feito um pedido lisonjeiro ao qual, além de não ter como negar, deixou-me enormemente envaidecida pela confiança dos colegas, se assim posso chama-los já que não me arvoro a chegar-lhe aos pés, solicitando-me a apresentação desta maravilha que se intitula DOIS POETAS, DOIS ESTADOS E UM BALAIO DE VERSOS, um trabalho verdadeiramente nordestino, melhor dizendo, um trabalho que traz mais uma vez ao público brasileiro a beleza sofrida e gozada do nosso Sertão Nordestino, porém, desta vez, de um modo especialíssimo, mostrando, de forma completa, de que são capazes dois poetas nordestinos, um pernambucano e outro norte-rio-grandense quando se juntam para versejar.
Carlos Aires e Marcos Medeiros mostram aqui neste belo trabalho o quanto são sensíveis e o quanto amam as suas terras natal, bem como a natureza de forma geral em versos metrificados, respeitando a rima como deve ser sempre um trabalho com tal estrutura. E eu peço licença aos meus queridos poetas de mancheia para apresentar este livro sem igual, também, em versos e, antecipando-me às devidas autorizações, já parto para tal!
DOIS POETAS, DOIS ESTADOS
E UM BALAIO DE VERSOS
Um título que vem mostrar
Que os temas serão diversos
Indo da sextilha à décima
E na poesia imersos.
Já chegam ABRINDO AS PORTAS
Pra poesia, mostrando,
Em oitavas caprichadas
Rimando e metrificando,
Lembrando ao caro leitor
Que tem da rima o comando.
Em décima de sete pés,
A BELEZA QUE ENOBRECE!
Aquela que está no íntimo
E que de nada carece
Para que seja o que é.
Mas só a tem quem merece.
Em seguida vem a PAZ
Já nos deixando um recado:
AONDE A PAZ PREDOMINA
Nada há de dar errado!
Seja em casa ou no trabalho,
A paz nada traz de falho,
Com ela o amparo é dado.
Outro tema é NATUREZA,
Onde começa dizendo:
A NATUREZA AGRADECE,
Fauna e flora defendendo
E mostrando que o poeta
Nesta ESCOLA se aboleta
Com a nossa Mãe aprendendo.
Diz-lhe da sabedoria;
Da beleza natural;
Da insensibilidade
Do tal “ser racional”
Que não usa o coração
Causando A DEVASTAÇÃO
Sem importar-se com o mal.
NUMA FLOR QUE ADORNA A NATUREZA!!!..
É um item que causa encantamento
Onde a verve poética tem assento
E o poeta demonstra, com destreza,
O encanto, o perfume e a beleza
Que uma flor transmite a qualquer um
Sem palavras, sem gestos, sem zum-zum...
Somente com a presença delicada.
Pois a flor é rainha cortejada,
Não perde a majestade em tempo algum.
VIDA é tema tratado com respeito
Onde baila O PASSADO E O PRESENTE
Num poetar para lá de envolvente,
Em que cada poeta usa um conceito
Pra mostrar seu pensar e ser aceito
Por aquele que lhe prestigiar
E nos versos se disponha a “viajar”
Sem temor aos espinhos, às topadas,
Às montanhas, aos morros, às calçadas...
Disposto, sempre, a se erguer quando topar.
Fala do sonho real e da vida
Vivida a sonhar sem os pés no chão;
Fala do sorriso e do coração,
Da alma sadia onde encontra guarida
A fé, o amor, a paz merecida.
Também fala da morte onde, na verdade,
Acaba o racismo, a riqueza, a vaidade...
Quando já não há qualquer diferença
De cor, de poder, de raça, de crença...
“Lá na cova não há celebridade”.
CADA PRODUTO DA FEIRA
QUE NÃO TIREI DA LEMBRANÇA
O tema é FEIRA e alcança
Toda feira brasileira
Mas, sem querer dar bobeira,
Eu já vi que nesse mote
Os poetas dão um bote
Abarcando, com vigor,
As feiras do interior
Que, da jazida, é o pote.
Do que a MADRUGADA traz
Em bela noite de lua,
Seja no sítio ou na rua.
Ou quando escuro se faz
Pondo-nos com o pé-atrás
Com medo do invisível,
Também da beleza incrível
Que traz, com o raiar do dia,
Da passarada, a folia!
Coisa mais bela impossível!
Em ALIMENTANDO O CORPO
E ALMA vem nos mostrar
“Nem só de pão vive o homem”!
Bem como se alimentar
O corpo físico e a alma
Pra que esta esteja calma
Sempre, sem se arreliar.
Onde melhor se degusta?
Entram numa discussão,
O QUE SE COME NA PRAIA
E A COMIDA DO SERTÃO:
Os dois relacionando
Comidas, representando
Seu Estado com paixão.
Em DESAFIOS se mostra
Os codinomes presentes
No Estado de cada um.
Em “duelos” inocentes
Cada um defende o seu
Com as “armas” que escolheu,
Versos pra lá de envolventes.
Nos versos, dizem-se fortes,
Falam da terra natal;
Falam da educação,
Da boa e má como tal;
De Elino Julião
E do nosso Gonzagão
De uma forma especial...
Do orgulho pelo Estado,
Do que gostam de fazer,
Do que fazem sem gostar,
Do que tem por conhecer...
Com um “duelo” terminando,
Alegremente arengando
Para nos dar mais prazer.
O ARTÍFICE DA POESIA
Vem FALANDO DO POETA
Que na rima se aboleta
Pra nos trazer alegria
A poetar dia a dia,
Trazendo-nos a mensagem
Divina que na bagagem
Mental tem em abastança,
Muita calma e confiança
Para uma bela “viagem”.
FALANDO SOBRE A SAUDADE
E falando do SERTÃO,
Vejo os dois em união
Porque os dois, em verdade,
Falam da realidade
Do coração de um poeta
Que no passado coleta
As emoções que ele sente
Ao recordar, no presente,
Cada lembrança secreta.
São lembranças da beleza
Que o Sertão nos oferece
E são lembranças de prece
Na alegria e na tristeza,
Do belo que é a leveza
Que há em cada coração
Do povo lá do Sertão
Por sua simplicidade,
Diferente da cidade
Onde há tanta confusão.
Falando em CARICATURAS,
INFÂNCIA E JUVENTUDE
Nos dois se vê travessuras
Fazendo rir amiúde
A quem lê tão bom trabalho.
Bem dele eu falo e espalho!
Porque tem excelsitude.
Falando de GRATIDÃO
E RELIGIOSIDADE
Eu vejo bem que as duas
Tem muito a ver, na verdade.
Pois se alguém tem fé de fato,
Jamais pode ser ingrato!
E nisto há sinceridade.
Falando da GENTILEZA,
Do AMOR e do RESPEITO:
É-nos mostrado o sentido
Que cada um, com efeito,
Dá-nos como garantia
De que nos trás alegria
Se o tivermos como pleito.
Quando fala do SABER
E da sua DEMOCRACIA,
Cada poeta se alia
Ao outro pra discorrer,
Mostrando bem entender
Sobre o assunto escolhido,
Onde o sábio e o sabido
Cada qual tem seu valor
Quando do assunto é senhor.
É o que fica entendido.
FONTE DA DIVERSIDADE
Fala das oposições
Que podemos encontrar
Em muitas ocasiões
Onde nossos companheiros,
Dois poetas verdadeiros,
Dão suas demonstrações.
E SOLIDARIEDADE
É o assunto seguinte
Que é mostrado, sem acinte,
Com senso e tranquilidade,
Amor pelo nosso irmão
A quem devemos a mão
Oferecer com clemência.
“Para evitar violência
Vamos dividir o pão!”
QUANDO NOTAR ALGO ERRADO
NÃO SE ATENHA A CRITICAR
Num incentivo a lutar
É-nos deixado o recado:
Para estar-se preparado
E termos compreensão
Da total situação,
Estudando, pesquisando,
Anotando e procurando
Ajudar na solução.
A MOCIDADE E A VELHICE
É outro tema abordado
De Raudenio Lima herdado
Um mote, onde ele disse,
Aparentando a meiguice
Que aqui neste livro aflora
Com a rima que o povo adora
Ao seu pensar aderindo,
QUE O TREM DO TEMPO ESTÁ INDO
PRA ONDE A VELHICE MORA
O CONTRADITÓRIO DO GANHO
É feito pra nos mostrar
Que a nossa vida é um jogo
Nem sempre se vai ganhar,
Que riqueza acumulada
Ou ganância incontrolada
Só nos fará retardar.
NOSSO TORRÃO NORDESTINO,
UM GIRO PELO NORDESTE!!
Fala dos “cabra da peste”,
Sua força, seu destino,
Onde, do mais pequenino
Ao maior é gente forte
Não importando seu porte,
Sendo, de cada estado,
Só um pouquinho mostrado.
Ou seja, só um recorte.
Numa VISITA A CARPINA
Nos conta Marcos Medeiros
Como são hospitaleiros
Seus anfitriões e a sina
À qual ele se destina,
Que Deus lhe deu de presente
E de como ele se sente
Na viagem cultural
Que tem por meta, afinal,
Conhecer um Grande Ente.
A RESPOSTA DO POETA
Carlos Aires comoveu
Marcos e João Maria
Na forma como escreveu
Agradecendo a alegria
Que ele teve em cada um dia
Que com eles conviveu.
HOMENAGEANDO ARTISTAS
Feita pelos dois poetas
Que mostram que suas metas
Não é exibir conquistas
Ou ser capas de revistas
Porém mostrar do seu chão
Os nomes que deverão
Orgulhar a cada Estado
De quem aqui for citado.
E o fazem com emoção.
DOIS AMIGOS ENCANTADOS
Que aqui já não mais estão,
Merecedores, terão
Louvores que serão dados,
Serão homenageados:
O primeiro é Ademar
Macedo, um potiguar,
O segundo um paraibano
Marcos Aires, salvo engano,
Poeta de admirar.
O CANTADOR DE VOCÊS!!!
É “um debate engraçado
Sem termos discriminado”
Já nos tornando freguês,
Fala um de cada vez
Num elogio inconteste
Onde cada um se veste
De amigo sem medida
Do outro por toda vida
Dentro e fora do Nordeste.
À GUISA DE ENCERRAMENTO
Os dois vão agradecendo
Em rima e métrica, fazendo
Um resumo/complemento,
Espécie de fechamento
Do trabalho produzido
Em quatro mãos e urdido
De modo a satisfazer
Todos que quiserem ler.
Tudo está bem resolvido.
Agora eu pretendo encerrar, de mansinho,
Com muito carinho, minha obrigação,
Se não foi do agrado, não tive a intenção,
Pois fiz com desvelo como um passarinho
Que talo por talo constrói o seu ninho,
Com o amor do pai que edifica seu lar
Ou como o barqueiro que põe a brilhar
O barco que entrega, ao sabor dos ventos,
Às ondas, que quebram, por alguns momentos,
Beijando a areia na beira do mar.
ROSA REGIS
Natal/RN
21.07.2014 - 03h17min
Rosa Ramos Regis da Silva (Rosa Regis), paraibana do Sítio Jerimum – Jacarú-PB, residente em Natal-RN desde 1966, graduada em Economia e Filosofia pela UFRN e amante da poesia fixa - Membro da AEPP-Associação Estadual de Poetas Populares; ANLIC-Academia Norte-Rio-grandense de Literatura de Cordel (presidente-2011-2014); ASSOCIAÇÃO CULTURAL CASA DO CORDEL; ATRN-Academia de Trovas do Rio G. do Norte; Movimento Poetas del Mundo; SPVA/RN-Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio G. do Norte; UBE/RN-União Brasileira de Escritores no Rio G. do Norte.
E UM BALAIO DE VERSOS
Um título que vem mostrar
Que os temas serão diversos
Indo da sextilha à décima
E na poesia imersos.
Já chegam ABRINDO AS PORTAS
Pra poesia, mostrando,
Em oitavas caprichadas
Rimando e metrificando,
Lembrando ao caro leitor
Que tem da rima o comando.
Em décima de sete pés,
A BELEZA QUE ENOBRECE!
Aquela que está no íntimo
E que de nada carece
Para que seja o que é.
Mas só a tem quem merece.
Em seguida vem a PAZ
Já nos deixando um recado:
AONDE A PAZ PREDOMINA
Nada há de dar errado!
Seja em casa ou no trabalho,
A paz nada traz de falho,
Com ela o amparo é dado.
Outro tema é NATUREZA,
Onde começa dizendo:
A NATUREZA AGRADECE,
Fauna e flora defendendo
E mostrando que o poeta
Nesta ESCOLA se aboleta
Com a nossa Mãe aprendendo.
Diz-lhe da sabedoria;
Da beleza natural;
Da insensibilidade
Do tal “ser racional”
Que não usa o coração
Causando A DEVASTAÇÃO
Sem importar-se com o mal.
NUMA FLOR QUE ADORNA A NATUREZA!!!..
É um item que causa encantamento
Onde a verve poética tem assento
E o poeta demonstra, com destreza,
O encanto, o perfume e a beleza
Que uma flor transmite a qualquer um
Sem palavras, sem gestos, sem zum-zum...
Somente com a presença delicada.
Pois a flor é rainha cortejada,
Não perde a majestade em tempo algum.
VIDA é tema tratado com respeito
Onde baila O PASSADO E O PRESENTE
Num poetar para lá de envolvente,
Em que cada poeta usa um conceito
Pra mostrar seu pensar e ser aceito
Por aquele que lhe prestigiar
E nos versos se disponha a “viajar”
Sem temor aos espinhos, às topadas,
Às montanhas, aos morros, às calçadas...
Disposto, sempre, a se erguer quando topar.
Fala do sonho real e da vida
Vivida a sonhar sem os pés no chão;
Fala do sorriso e do coração,
Da alma sadia onde encontra guarida
A fé, o amor, a paz merecida.
Também fala da morte onde, na verdade,
Acaba o racismo, a riqueza, a vaidade...
Quando já não há qualquer diferença
De cor, de poder, de raça, de crença...
“Lá na cova não há celebridade”.
CADA PRODUTO DA FEIRA
QUE NÃO TIREI DA LEMBRANÇA
O tema é FEIRA e alcança
Toda feira brasileira
Mas, sem querer dar bobeira,
Eu já vi que nesse mote
Os poetas dão um bote
Abarcando, com vigor,
As feiras do interior
Que, da jazida, é o pote.
Do que a MADRUGADA traz
Em bela noite de lua,
Seja no sítio ou na rua.
Ou quando escuro se faz
Pondo-nos com o pé-atrás
Com medo do invisível,
Também da beleza incrível
Que traz, com o raiar do dia,
Da passarada, a folia!
Coisa mais bela impossível!
Em ALIMENTANDO O CORPO
E ALMA vem nos mostrar
“Nem só de pão vive o homem”!
Bem como se alimentar
O corpo físico e a alma
Pra que esta esteja calma
Sempre, sem se arreliar.
Onde melhor se degusta?
Entram numa discussão,
O QUE SE COME NA PRAIA
E A COMIDA DO SERTÃO:
Os dois relacionando
Comidas, representando
Seu Estado com paixão.
Em DESAFIOS se mostra
Os codinomes presentes
No Estado de cada um.
Em “duelos” inocentes
Cada um defende o seu
Com as “armas” que escolheu,
Versos pra lá de envolventes.
Nos versos, dizem-se fortes,
Falam da terra natal;
Falam da educação,
Da boa e má como tal;
De Elino Julião
E do nosso Gonzagão
De uma forma especial...
Do orgulho pelo Estado,
Do que gostam de fazer,
Do que fazem sem gostar,
Do que tem por conhecer...
Com um “duelo” terminando,
Alegremente arengando
Para nos dar mais prazer.
O ARTÍFICE DA POESIA
Vem FALANDO DO POETA
Que na rima se aboleta
Pra nos trazer alegria
A poetar dia a dia,
Trazendo-nos a mensagem
Divina que na bagagem
Mental tem em abastança,
Muita calma e confiança
Para uma bela “viagem”.
FALANDO SOBRE A SAUDADE
E falando do SERTÃO,
Vejo os dois em união
Porque os dois, em verdade,
Falam da realidade
Do coração de um poeta
Que no passado coleta
As emoções que ele sente
Ao recordar, no presente,
Cada lembrança secreta.
São lembranças da beleza
Que o Sertão nos oferece
E são lembranças de prece
Na alegria e na tristeza,
Do belo que é a leveza
Que há em cada coração
Do povo lá do Sertão
Por sua simplicidade,
Diferente da cidade
Onde há tanta confusão.
Falando em CARICATURAS,
INFÂNCIA E JUVENTUDE
Nos dois se vê travessuras
Fazendo rir amiúde
A quem lê tão bom trabalho.
Bem dele eu falo e espalho!
Porque tem excelsitude.
Falando de GRATIDÃO
E RELIGIOSIDADE
Eu vejo bem que as duas
Tem muito a ver, na verdade.
Pois se alguém tem fé de fato,
Jamais pode ser ingrato!
E nisto há sinceridade.
Falando da GENTILEZA,
Do AMOR e do RESPEITO:
É-nos mostrado o sentido
Que cada um, com efeito,
Dá-nos como garantia
De que nos trás alegria
Se o tivermos como pleito.
Quando fala do SABER
E da sua DEMOCRACIA,
Cada poeta se alia
Ao outro pra discorrer,
Mostrando bem entender
Sobre o assunto escolhido,
Onde o sábio e o sabido
Cada qual tem seu valor
Quando do assunto é senhor.
É o que fica entendido.
FONTE DA DIVERSIDADE
Fala das oposições
Que podemos encontrar
Em muitas ocasiões
Onde nossos companheiros,
Dois poetas verdadeiros,
Dão suas demonstrações.
E SOLIDARIEDADE
É o assunto seguinte
Que é mostrado, sem acinte,
Com senso e tranquilidade,
Amor pelo nosso irmão
A quem devemos a mão
Oferecer com clemência.
“Para evitar violência
Vamos dividir o pão!”
QUANDO NOTAR ALGO ERRADO
NÃO SE ATENHA A CRITICAR
Num incentivo a lutar
É-nos deixado o recado:
Para estar-se preparado
E termos compreensão
Da total situação,
Estudando, pesquisando,
Anotando e procurando
Ajudar na solução.
A MOCIDADE E A VELHICE
É outro tema abordado
De Raudenio Lima herdado
Um mote, onde ele disse,
Aparentando a meiguice
Que aqui neste livro aflora
Com a rima que o povo adora
Ao seu pensar aderindo,
QUE O TREM DO TEMPO ESTÁ INDO
PRA ONDE A VELHICE MORA
O CONTRADITÓRIO DO GANHO
É feito pra nos mostrar
Que a nossa vida é um jogo
Nem sempre se vai ganhar,
Que riqueza acumulada
Ou ganância incontrolada
Só nos fará retardar.
NOSSO TORRÃO NORDESTINO,
UM GIRO PELO NORDESTE!!
Fala dos “cabra da peste”,
Sua força, seu destino,
Onde, do mais pequenino
Ao maior é gente forte
Não importando seu porte,
Sendo, de cada estado,
Só um pouquinho mostrado.
Ou seja, só um recorte.
Numa VISITA A CARPINA
Nos conta Marcos Medeiros
Como são hospitaleiros
Seus anfitriões e a sina
À qual ele se destina,
Que Deus lhe deu de presente
E de como ele se sente
Na viagem cultural
Que tem por meta, afinal,
Conhecer um Grande Ente.
A RESPOSTA DO POETA
Carlos Aires comoveu
Marcos e João Maria
Na forma como escreveu
Agradecendo a alegria
Que ele teve em cada um dia
Que com eles conviveu.
HOMENAGEANDO ARTISTAS
Feita pelos dois poetas
Que mostram que suas metas
Não é exibir conquistas
Ou ser capas de revistas
Porém mostrar do seu chão
Os nomes que deverão
Orgulhar a cada Estado
De quem aqui for citado.
E o fazem com emoção.
DOIS AMIGOS ENCANTADOS
Que aqui já não mais estão,
Merecedores, terão
Louvores que serão dados,
Serão homenageados:
O primeiro é Ademar
Macedo, um potiguar,
O segundo um paraibano
Marcos Aires, salvo engano,
Poeta de admirar.
O CANTADOR DE VOCÊS!!!
É “um debate engraçado
Sem termos discriminado”
Já nos tornando freguês,
Fala um de cada vez
Num elogio inconteste
Onde cada um se veste
De amigo sem medida
Do outro por toda vida
Dentro e fora do Nordeste.
À GUISA DE ENCERRAMENTO
Os dois vão agradecendo
Em rima e métrica, fazendo
Um resumo/complemento,
Espécie de fechamento
Do trabalho produzido
Em quatro mãos e urdido
De modo a satisfazer
Todos que quiserem ler.
Tudo está bem resolvido.
Agora eu pretendo encerrar, de mansinho,
Com muito carinho, minha obrigação,
Se não foi do agrado, não tive a intenção,
Pois fiz com desvelo como um passarinho
Que talo por talo constrói o seu ninho,
Com o amor do pai que edifica seu lar
Ou como o barqueiro que põe a brilhar
O barco que entrega, ao sabor dos ventos,
Às ondas, que quebram, por alguns momentos,
Beijando a areia na beira do mar.
ROSA REGIS
Natal/RN
21.07.2014 - 03h17min
Rosa Ramos Regis da Silva (Rosa Regis), paraibana do Sítio Jerimum – Jacarú-PB, residente em Natal-RN desde 1966, graduada em Economia e Filosofia pela UFRN e amante da poesia fixa - Membro da AEPP-Associação Estadual de Poetas Populares; ANLIC-Academia Norte-Rio-grandense de Literatura de Cordel (presidente-2011-2014); ASSOCIAÇÃO CULTURAL CASA DO CORDEL; ATRN-Academia de Trovas do Rio G. do Norte; Movimento Poetas del Mundo; SPVA/RN-Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio G. do Norte; UBE/RN-União Brasileira de Escritores no Rio G. do Norte.