PELEJA NA FEIRA (II)

PELEJA DE SANDER LEE COM FÁBIO MOZART NA FEIRA DE ITABAIANA

II

Eu vi no meio da feira

Meu compadre Gilberlan,

Um cabra de quem sou fã,

Um caboclo de primeira

Aparando a cabeleira

Do batuqueiro Davi,

Marido de Sueli,

A professora de dança,

Mulher de perseverança

Pelo folclore daqui.

Vi Joca da Juventude

Com Lourenço do Jorná

Num tremendo bafafá

De grande magnitude

Cobrando certa atitude

Do prefeito “Meu querido”

Em um tremendo alarido

Por causa de uma fatura

Não paga na Prefeitura

Referente a pão dormido.

Vi caboclo alienado

Sendo discípulo e devoto,

Confiando, além do voto,

O seu pensar amestrado,

Como cativo e soldado

De político venal,

Trocando um quilo de sal

Pelo voto mercenário.

Esse povo salafrário

É raiz do nosso mal.

Na feira de Itabaiana

Avistei Zé Cu de Taba

Derramando aquela baba,

Enchendo as tripas de cana.

Zé Carniça se abana

Com abanador de palha

Adquirido na tralha

Desse Lula do Mangáio,

Vereador que é raio

Na rapidez da batalha

Porque ele nunca falha

Em ajudar a pobreza.

Encontrei João Pé de Mesa,

Afiando uma navalha

Pra cortar bucho canalha

Que com ele se meter.

Vi um poeta beber

Cachaça lá em Ponei

Arripunando da lei,

Sofrendo sem merecer.

Esse poeta altaneiro

Atende por Eliel,

Faz poesia a granel

De assunto corriqueiro,

De saudade anda cabreiro

Com banzo de sua terra.

O bom cabrito não berra

Mas canta verso afinado.

O poeta é um danado

E sua língua não emperra.

Benedito da Maloca

Mais Beto da União

Com Moacir do Caixão

Eu vi na feira de troca

Com a bexiga taboca

No comércio de cigano.

Avistei Beto Palhano

Tomando mel de tubiba,

Rua abaixo, rua arriba,

Com fardado e com paisano.

F. Mozart

www.fabiomozart.blogspot.com

Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 24/08/2014
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