Vidas sem fiim. - texto espiritualista.

Aos amigos do Recanto informo que apesar deste texto ter um caráter espiritualista não se dirige a qualquer seita ou religião em particular.

Noutro dia alguém me disse

Que no fim da sua vida

Vai acabar com a crendice

Que é coisa descabida

Coisa para a meninice

Que por medo é convencida.

Disse que a meninada

Gosta de fazer barulho

Para não ser castigada

Procura um lugar seguro

Vai fazer a trapalhada

Escondida atrás do muro.

Seu dizer, era evidente,

Escondia frustração

Era alguém que de repente

Poderia não ter pão

Ou então ser resistente

Ao pedido de perdão.

Percebi que seu viver

Era bem amargurado

Não gostava de sofrer

Mas estava acostumado

Somente o seu proceder

Era visto como errado.

Estendi-lhe a minha mão

Ele então a recusou

Disse que na solidão

Eu também comigo estou

Não existe gratidão

Para quem nunca amou.

Eu fiquei então parado

Sem saber o que fazer

Não fiquei desesperado

Não sabia o que dizer

Quando ouvi bem ao meu lado

Algo para o convencer.

Ouvi alguém me dizendo

Que o futuro não espera

Ele ali estava aprendendo

Como dominar a fera

Que ele mesmo está fazendo

Com os frutos da quimera.

Refleti por um momento

Sobre aquilo que ouvia

Era muito ensinamento

Que sequer eu entendia

Mas firmei meu pensamento

Certo que aprenderia.

Entendi que a quimera

Era algo do passado

Que para alguém fizera

Para ser remunerado

Que no final lhe dissera

Que estava mal acabado.

Disse a ele que alguém

Estava a cumprimentar

Pelo muito que contém

Que sabia respeitar

Ele era quem também

Poderia me ensinar.

Então ele disse assim

Já que posso algo ensinar

Veja que não chega ao fim

Se morrer pra descansar

Simplesmente vem a mim

Pra depois poder voltar.

Eu tomei enorme susto

Ao ouvir ele falar

Era ele o ser Augusto

Que estava a demonstrar

O valor do homem justo

Que somente ensina amar.

Renato Lima
Enviado por Renato Lima em 22/08/2014
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