A Crônica do Ano
A Cronica Do Ano.
Guel Brasil.
Eu preciso de muita inspiração
Em razão de estar preocupado,
Pois me vem a lembrança um passado
Que manchou de sangue nosso chão,
Ditadura é uma questão que não discuto
Mas me lembro desta triste ocasião.
Foi um tempo de muita opressão
De clamor e de grande sofrimento,
Estou vendo voltar esse momento
Com o povo reclamando e com razão,
Avenidas e ruas ocupadas
E a policia comandando a opressão.
Vejo as cores do Brasil em cada rosto
Aos milhares ocupando as avenidas,
Gente jovem começando suas vidas
Relatando o que mais lhe dá desgosto,
Vendo o rico mamando leite e mel
Bem nas tetas do poder sem ser deposto.
Gente nova gente velha e até criança
Pinta o rosto e vai pra rua protestar,
Desespero de quem quer continuar
A ter no peito um pouquinho de esperança,
Jogaram fora o cabresto do poder
E se vestiram de coragem e confiança.
Descobriram que unidos tem poder
E que podem derrubar quem já subiu,
Deputados que tem medo já sumiu
E fizeram de tudo pra não ver,
Os protestos no Brasil ganhou o mundo
E agora seu doutor o que fazer?
Essa gente que agora estão nas ruas
Não tem nome, não tem sigla nem partido,
Tem apenas um ideal a ser seguido
Que é ver nosso País sem ladroagem,
Onde tem quem ganhe rios de dinheiro
E outros vivem nas mãos da mendigagem.
Aqui tem gente tirando do lixão
O sustento de seus filhos seu doutor,
Seres humanos que não tem nenhum valor
Vivendo abaixo da linha da pobreza,
Comendo restos da comida que o ricaço
Joga fora quando limpa sua mesa.
E nós estamos vendo novamente
O valor que o homem tem numa nação,
Assim mesmo estou chegando a conclusão
Que Ser pobre é uma doença sem cura;
Vale mais ser senador ser deputado,
Ser traficante ser policia ou ser ladrão.
E os políticos estão agora em desespero
Com uma cuia nas mãos pedindo voto,
Sempre os mesmos apostando nessa loto
Com promessas que eles não podem cumprir
E os bestas acreditando ainda votam
Perdendo a chance de outros erros corrigir.