A Situação Atual da Feira Central de Campina Grande
Temos que andar bastante
Com medo dos assaltantes
Pois tem um em cada esquina
Essa feira de Campina
Não é mais como era antes.
As ruas estão tomadas
Pois ninguém não fiscalizam
Muitos feirantes só visam
Obter lucros, mais nada
Fedentinas nas calçadas
Falta também segurança
Os bois que vêm da matança
Nunca são fiscalizados
E nem inspecionados
Com isso, quem é que dança?
É quem a mercadoria
Compra, sem saber de onde
Perguntam, ninguém responde
Se comprar, cai numa fria
Vem logo a disenteria
Se vai à UPA, é virose.
A nossa feira central
Precisa duma reforma
Mas não é de qualquer forma
Uma reforma geral
Vocês sabem o total
De boxes que estão fechados?
Estamos abandonados
Ninguém não olha pra nós
Estamos em maus lençóis
Totalmente desprezados.
Não tem organização
Nem estacionamento
Nós estamos ao relento
Sem nenhuma condição
Pra pegarmos condução
T lá lhe dão uma dose
De remédio, ou lhe dão soro
E o pobre levando coro
Uns falam, assim é "dose"!
Muitos imóveis fechados
Uns servindo de abrigos
Pra bandidos, que perigo!
Alguns deles, já tombados
Como o famoso Eldorado
Que ruiu rapidamente
Por sorte, não morreu gente
Reforma vem ou não vem?
Quem me responderá, quem?
Que reforma venha'urgente!
Na época da eleição
Vêm com projetos, propostas
Muitas tapinhas nas costas
Muitos apertos de mãos
Bastante badalação
Porém é só blá, blá, blá
Não podemos esperar
De'esperar, nós já cansamos
Bem unidos, nós estamos
Assim, não pode ficar.
Fiz esse cordel como forma de protesto. Nosso velho e conhecido Mercado Central está em completo abandono. Trabalho no mesmo, há 29 anos.
Pessoal, não sei o que foi que houve com esse texto. Um amigo Recantista me enviou um E-MAIL me informando que o cordel estava meio confuso. Vim checá-lo e me surpreendi com o que vi. Vou procurar o rascunho para corrigi-lo.