* Um pequeno anjo *
— Não vou! Disse o pequeno anjo,
Batendo com o pé no chão.
Outros anjos ficaram chocados.
Não queria ver a constelação.
Ver as estrelas do céu brilhar,
E depois ir o bebê saudar.
Nenhum anjo deve faltar não.
— Mas ninguém pode obrigar?
— Disse o anjinho nervoso.
— Se eu ficar aqui em cima
E vocês irem cauteloso
O chefão não vai saber.
A não ser que alguém vá dizer
Tai, eu fiquei curioso.
— Vai o chefão sabe tudo.
Não recordas que disse que sabia?
Sabe sempre quando mentimos.
Sabe quem tá sem companhia.
Vai descobrir quem desobedecer.
Anda daí! Não pague para ver.
Tire da cabeça essa fantasia.
O anjinho não queria ir com eles.
E ficou sozinha no escuro.
— Quero lá saber! Murmurou.
— Não quero que fiquem inseguros.
Não queria ir naquele momento,
Nem queria perder o acontecimento.
Não ia pensar no futuro.
Viu os pastores com as ovelhas.
Viu os Reis com suas oferendas
Ouro, incenso e mirra.
Viu crianças pegando merenda,
Viu a mulher e o estaleiro,
A vaca, o cavalo e o vaqueiro.
O burro e os anjos na fazenda.
Debruçou-se para conseguir
Ver a todos e poder contemplar
Um bebe minúsculo passar
Em silêncio ficou a se deslumbrar.
De repente, a escuridão desvaneceu.
Todos viram que desapareceu.
O pequeno anjo não estava mais lá.
A luz que emanava de baixo.
Viu que ela petrificou.
Não se podia mexer.
Quando sua boquinha tremer começou,
O silêncio rapidamente foi quebrado
Por uma salva de palmas ecoado
Por todos que do voou voltou.
O pequeno anjo brilhava,
Mais do que a estrela mais brilhante,
Sorriu e todos o imitaram.
Especialmente o anjo mais falante.
De repente o anjinho viu
Que ficar lá todos consentiu.
E ele se achou importante.