DEPOIS DE FALAR ENGULA.

A democracia é falácia,

Porem sem ela é pior,

Fazer discurso na praça,

Não desata nem um nó,

O caráter e a retidão,

Resolverão por si só.

Se é pra haver mudanças,

Que sejam vindas da gente,

Sem esta de malandragens,

De cabeças consequentes,

Que compartilham imagens,

Visando o lucro latente.

Este mundaréu de gente,

Trás a miscigenação,

Tem pessoas indecentes,

Outras de bom coração,

O fato é que não basta,

Se falar em compaixão

O mundo é um regulador,

Tem a função terapêutica,

Quando a infância passou,

Nos libertou da chupeta,

Agora são os sentimentos,

Guiando nossas celeumas.

Faz a ambição humana,

Do animal um objeto,

Tratam de forma sacana,

O seu trator predileto,

Depois se dizem amantes,

De carinhos e confetes.

O confronto é inerente,

Ao viver dum cidadão,

Que não pode ser vigente,

Isento das tentações,

Estas lhes fazem crescer,

Em suas observações.

Que o trabalho revigore,

Nossas almas em deleite

E que sintamos no peito,

Uma alegria imensa,

Numa semana feliz,

Isenta de coisas tensas.

Ser humilde é legal

Nos adere ao saber,

No batente visceral,

Fica mais fácil viver,

Assim vamos praticar,

Humildade eu e você.

A liberdade é utópica,

Nunca pode ser total,

Se você quebra o tronco,

Lhe amarram num varal,

E haverás de continuar,

Com liberdade a meio pau.

Depois de falar engula,

Não tente regurgitar,

Se tens idéias de mula,

É melhor se conformar,

A vida não tem a bula,

Dum certo se comportar.

Num casal de colibris,

Vejo o mundo em fração,

Dois pequenos corações,

E nos faz apaixonarmos,

Pois são a mera razão,

Do meu olhar encantado.

LUSO POEMAS 13/07/14