* O vento *
Vivo mas não tenho corpo
Ninguém pode me tocar
Peso eu também não tenho
Uma forma para mim não há.
Minha cor é indefinida
Por ninguém é percebida
E estou em todo lugar.
Quando fraco me chamo brisa
Se assobio isso é comum
Quando forte me chamo vento
Se tenho cheiro, sou pum.
Sempre estou me manifestando
Alguém sempre está me usando
Não corro risco nenhum.
Ás vezes causo tempestade
E chamam-me de furacão.
Outras passo despercebido
Em determinada situação.
Muitas vezes faço falta
Por ser um pouco peralta
Chego a perder a razão.
Ás vezes sou uma flatulência
Os gases da ingestão.
Alguém chama de peido
Uma bufa de rojão.
Mas não posso ficar preso
Sou apenas algo indefeso
Que causa má situação.