A flor.
Toda flor é uma obra;
Do maior dos arquitetos;
Nunca é fruto de uma sobra;
Ou então do intelecto
Pra ser vista nada cobra;
Vive até entre concretos.
Essa flor é uma dama;
Que cultiva a castidade;
Que a inveja nunca chama;
Para ir para a cidade;
Que também tem boa fama;
Mesmo tendo pouca idade.
É também a sapiência;
De saber que é feliz;
Sabendo que a paciência;
Sempre sabe o que nos diz;
Também sabe que a ciência;
Põe na vida o que não quis.
É a planta do jardim;
Que inspira o escritor;
A dizer que ao ser assim;
É seu admirador;
Essa flor nunca tem fim;
É em si o mais puro amor.
Muitas flores pela vida;
São colhidas pelo tempo;
Mesmo sendo ela sofrida;
Ou soprada pelo vento;
Deve sempre ser mantida;
Por um nobre sentimento.
Há dezenas de jardins;
Escondidos nas muralhas;
Alguns deles nos confins;
Onde a visão embaralha;
Cada um com seus jasmins;
Para enfeitar mortalhas
Há roseiras sempre em flor;
Também com muitos botões;
Vão simbolizando amor;
Enganando os corações;
Cada um com sua dor;
Cada um com seus senões.
Muitos cravos que enfeitam;
As coroas das meninas;
São as flores que aceitam;
Demonstrar a pantomima;
Pras mocinhas que se enfeitam;
Evitando o que abomina.
São mil flores que não falo;
Pois são todas muito belas;
Sobre os seus nomes me calo;
Mesmo sabendo que elas;
Cada qual presa em seu talo;
Sempre enfeitam as janelas.
Todas elas reconheço;
Como a obra infinita;
De alguém que sempre vejo;
Sob a forma mais bonita;
Nessas flores antevejo;
A beleza que é bendita.
Só quem é o Criador;
Poderia a flor fazer;
Sem usar mediador;
E sem precisar dizer;
O que pode o puro amor;
Sem nunca contradizer.
Para as flores dos caminhos;
E que sempre são perfeitas;
São da paz boas vizinhas;
Embelezam as vias estreitas;
Quando a luz se avizinha;
São por ela bem aceitas.
Toda flor é uma obra;
Do maior dos arquitetos;
Nunca é fruto de uma sobra;
Ou então do intelecto
Pra ser vista nada cobra;
Vive até entre concretos.
Essa flor é uma dama;
Que cultiva a castidade;
Que a inveja nunca chama;
Para ir para a cidade;
Que também tem boa fama;
Mesmo tendo pouca idade.
É também a sapiência;
De saber que é feliz;
Sabendo que a paciência;
Sempre sabe o que nos diz;
Também sabe que a ciência;
Põe na vida o que não quis.
É a planta do jardim;
Que inspira o escritor;
A dizer que ao ser assim;
É seu admirador;
Essa flor nunca tem fim;
É em si o mais puro amor.
Muitas flores pela vida;
São colhidas pelo tempo;
Mesmo sendo ela sofrida;
Ou soprada pelo vento;
Deve sempre ser mantida;
Por um nobre sentimento.
Há dezenas de jardins;
Escondidos nas muralhas;
Alguns deles nos confins;
Onde a visão embaralha;
Cada um com seus jasmins;
Para enfeitar mortalhas
Há roseiras sempre em flor;
Também com muitos botões;
Vão simbolizando amor;
Enganando os corações;
Cada um com sua dor;
Cada um com seus senões.
Muitos cravos que enfeitam;
As coroas das meninas;
São as flores que aceitam;
Demonstrar a pantomima;
Pras mocinhas que se enfeitam;
Evitando o que abomina.
São mil flores que não falo;
Pois são todas muito belas;
Sobre os seus nomes me calo;
Mesmo sabendo que elas;
Cada qual presa em seu talo;
Sempre enfeitam as janelas.
Todas elas reconheço;
Como a obra infinita;
De alguém que sempre vejo;
Sob a forma mais bonita;
Nessas flores antevejo;
A beleza que é bendita.
Só quem é o Criador;
Poderia a flor fazer;
Sem usar mediador;
E sem precisar dizer;
O que pode o puro amor;
Sem nunca contradizer.
Para as flores dos caminhos;
E que sempre são perfeitas;
São da paz boas vizinhas;
Embelezam as vias estreitas;
Quando a luz se avizinha;
São por ela bem aceitas.