A missão do sacerdode.
Amigos do Recanto, este texto não cuida de qualquer religião em particular, é uma forma de tentar reconhecer o trabalho de inúmeras pessoas que fazem o bem desinteressadamente e sem pertencer a qualquer seita ou religião, por isso merecem o nosso respeito.
Eu não sei por quantos meses
Vou tentar te convencer
A ouvir algumas vezes
O que temos pra dizer
Não somos leais fregueses
Mas poderíamos ser.
Elevei a minha voz
Pra dizer que estou aqui
Mas você falou pra nos
Pra não virmos mais aqui
Saímos e logo após
Entrou quem reconheci.
Era o homem da batina
Que queria conversar
Ela faz a sabatina
Com quem pode trabalhar
E depois vai à cantina
Pra de la alguém tirar.
Ele vai também ao centro
Vai à missa e ao terreiro
Vai ao culto que frequento
À sinagoga primeiro
A todos faz juramento
De servir Deus por inteiro.
Logo que pode sair
Ele estende a sua mão
Ele gosta de sentir
O pulsar do coração
Sabe que nesse sentir
Ele tem sua missão.
É trabalhador honrado
Não se presta a fazer mal
Alcançou o seu estado
Sendo sempre alguém normal
Se não foi canonizado
Isso é coisa banal.
É um nobre conselheiro
Defensor dos reprimidos
É também forte guerreiro
Ao lado dos oprimidos
É também sempre o primeiro
A ouvir nossos gemidos.
Conselheiro de plantão
Nunca nega o benefício
Sempre estende a sua mão
A quem procura serviço
Mas não gosta que o irmão
Falhe no seu compromisso.
Nunca disse vá em frente
Sempre diz: vamos lutar,
Sua paz se faz presente
Entra em qualquer lugar
Apesar de obediente
Sabe o grupo comandar.
Já mostrou sua bondade
Já falou quem ele é
Já falou a sua idade
Demonstrou a sua fé
Mesmo se estiver cansado
Gosta de andar a pé.
Sua voz é conhecida
Como a voz da união
Ela sempre é recebida
Com muita admiração
E também é sempre ouvida
Por quem lhe dá atenção.
É um conselheiro nato
Tem conselhos para dar
Nunca deu conselho ingrato
Nada há pra envergonhar
Todo o seu tempo é dado
À missão de ajudar.
Também gosta de alegria
Seu prazer é sempre ouvir
Uma piada sadia
Que sirva pra distrair
Porem vive o dia a dia
Ciente do que há por vir.
Seu trabalho é permanente
Não descansa um só momento
Sempre foi inteligente
Ler é seu divertimento
Aparece de repente
Que parece andar no vento.
Não esconde a alegria
De poder servir alguém
Não escolhe a hora ou dia
Para praticar o bem
Seu trabalho contagia
E faz trabalhar também.
Pega firme no batente
É exemplo a ser seguido
É arquivo competente
Para algum desconhecido
Que procura algum parente
Que está desaparecido.
Muito há para dizer
Sobre o nobre sacerdote
Que escolheu assim viver
Com renúncia ao próprio dote
No futuro ele vai ter
A vitória sobre a morte.