NOS REFERINDO A SOLIDÃO

Nos referindo a solidão,

A comparamos com a besta,

Porem de segunda a sexta,

Somos todos solitários,

Daí nos fins de semana,

Abrimos nosso santuário.

No período solitário,

Somos mais introvertidos,

Usamos nossos sentidos,

Em vigilâncias diárias,

Nos cobrando eficiência,

Nesta vida proletária.

Ao abrimos as porteiras,

Das nossas introspecções,

Permitimos aos ladrões,

Que roubem nossa inocência,

Suprindo assim as carências,

Nos munindo de ilusões.

São nestes momentos vis,

Que a moça vira cadela,

Ao invés de uma janela,

Se abre toda em prosa,

Vem o sujeito e goza,

Encima desta inocência.

O rapaz também se abre,

Para aquela moça imputa,

Vigarista e prostituta,

Mas ele ainda não sabe,

A experiência lhe vale,

Um curso de Kama sutra.

Aos casais já enfadonhos,

Só resta ir pras calçadas,

Ver as pessoas depravadas,

Dizendo curtir a vida,

Reabrem suas feridas,

E nunca resolvem nada.

Fazendo o comparativo.

Concernente a solidão,

Melhor para o coração,

É ser contido e esperto,

Enfrentar aos desafios,

Como se fora o deserto.

Luso poemas 05/03/13