O silêncio do Sinhô
Quando fui até o trapiche
Onde o Sinhô se encontrava
Quase não deu pra perceber
Se ele tava ou não tava
Tal era o silêncio na cama
Que percebi logo que a chama
Da vida dele se apagava
A pele já toda enrugada
Um homem forte, mas não resistia
A dor da solidão que tinha
Pungente onde agora jazia
Seu eu pudesse ter o poder
Dos teu sonhos renascer
Teu silêncio eu quebraria