POR ACASO OU POR ENGANO...
A sonhar um balzaquiano
Veio depressa, temprano
Como se fora um cubano
Fugindo dum velho tirano!
Tal irritante metrômano
Cujo nome é de italiano
Não passa de mitômano
Com jeito de suburbano!
Mais um típico sagitariano
Que não sabe ser leviano
Que fala no seu cotidiano
Contra quem é desumano!
Voraz apetite de insano
Assombra o vegetariano
Come que nem varziano
E seu prazer é mundano!
Muita manga, pouco pano
Vivo, não entra pelo cano
Verseja como um profano
Pra afastar quem é ufano!
Não fez média com fulano
Sumiu pra grego e troiano
Não foi ler aquele cicrano
Ignorou convite de mano!
Quem será este beltrano
Que desconfia de tucano
Não acredita em puritano
E tem a orelha de abano?
Sequer ele arranha piano
Alega preguiça de baiano
Por acaso ou por engano
Vai se achando há 1 ano!