O Alquimista
O Alquimista
(Um Cordel em homenagem aos Gemólogos, para Nilton Neres)
Peço licença aos incrédulos,
aos céticos e seus iguais,
pois vou contar uma história
dos tempos medievais,
foi lá que surgiu um artista
o grande mago Alquimista,
Senhor dos “elementais”.
Para o cristão sem aviso,
ou se pagão avisado,
eu vou dizer que são 5
os elementos “falado”,
que pelas mãos do Alquimista
se junta e é transformado.
O Alquimista é um mago
da vida, sonho e magia,
que na sua busca incansável,
em meio à dor e alegria,
vai transformando a matéria
na arte da Alquimia.
Na oficina alquimista
não falta fogo ou metal,
tampouco falta madeira
e o ar que é sem igual,
a água, 5º elemento,
que cito aqui por final.
O Alquimista em sua busca
usava da consciência,
pois da sua vida de estudos,
dedicação, competência
deixou a nós um legado
provando sua existência.
A arte alquímica é uma escola
que há muito foi começada
e se utiliza da Química
– ciência bem intrigada,
bem como a mãe Matemática
e a Física que é muito usada.
As façanhas do alquimista
consiste em transformação,
reagrupando elementos
com técnica e precisão,
criando nova matéria
causando admiração.
O alquimista estudava
um modo de conversão,
de alguns metais dito “pobres”
ao ouro puro e então,
para chegar nesse intento,
usava cobre e latão.
Assim era feito o ouro,
de tolo, também conhecido,
que ainda hoje se usa
sendo o metal preferido,
que é vendido por jóia
de um valor desmedido.
“Metalmorfose” é palavra
ausente no dicionário,
mas faço uso da mesma
marcando o itinerário,
pois na história que conto
eu uso o imaginário.
O Alquimista ficou
marcado por muito tempo,
como se fora um louco
na busca por seu intento
que norteava uma cura
a todos de seu tormento.
O tormento que afligia
e aflige a humanidade,
além das patologias
que ocorre em qualquer idade,
também é o passar dos anos
a nos ceifar mocidade.
Diante desse desejo
de alongar os seus anos,
isso levou o alquimista
a cometer mui enganos
na busca da longa vida,
pois eram esses seus planos.
Em tudo que planejava
o norte era sem igual,
pois desejava encontrar
a Pedra Filosofal,
para curar a velhice,
tornando-o, assim, imortal.
A Pedra Filosofal,
embora assim foi chamada
não se trata de uma pedra
que pode ser encontrada,
mas era uma nobre essência
com fama de encantada.
Meu caro leitor está dito,
restando agora o final,
então direi novamente
que a Pedra Filosofal
foi o Alfa e o Ômega
para o alquimista, afinal.
Aqui encerro o discurso,
o tempo é apropriado,
dizendo que o alquimista
também foi injustiçado,
mas a sua história de vida
a muitos tem encantado.
Santana, Silvio S. (Vidal) - 09/05/2014