NEM SOMOS TODOS MACACOS
I
No mundo que tanto prega
O progresso a harmonia
É o mesmo que segrega
Em atos de tirania
Está longe de almejar
A luz da democracia
II
Quem só ver a cor da pele
Discriminação pratica
Fere a raça humana
Com a navalha da critica
Por mais que seja punido
A pena Não justifica
III
Racismo tem sido tema
De revista e de jornal
Assassina o orgulho
Como uma arma brutal
Disparada pela língua
Ferina de gente mal
IV
Quem faz gestos obscenos
Nas redes vai twittar
Nas teclas Da infernet
Não cansa de apelidar
Dar o dedo estira a língua
Com a pretensão de humilhar
V
Até as celebridades
O preconceito atingiu
Pelé e Gloria Maria
Gilberto e Preta Gil
Carregam as cicatrizes
Do racismo no Brasil
V
Daniel Alves foi vitima
No futebol europeu
Uma banana atirada
Na linha do escanteio
Em resposta o jogador
Tirou a casca e comeu
VI
Se somos todos irmãos
Perante o Deus fiel
Não pode ser brincadeira
Esse ato tão cruel
Nem somos todos macacos
E nem banana é troféu
Poeta Santa Rosa