Ao Meu Amigo
I
Caro Nivardo Saldanha,
Não falo como analista;
Poeta entende de amor,
De verso, de rima e flor,
Da verve que faz o artista.
II
Você não é solitário,
Porque tem muitos parentes.
Vive junto à natureza...
Mas, cercado de belezas,
Tem solidões diferentes.
III
No quintal da sua casa,
Pousam muitas aves belas;
Todas vivem com seu par,
Só você é singular,
Como tampas sem panelas.
IV
Meu caro amigo, eu queria
Ver você apaixonado,
Mas por alguém ao alcance;
Usufruindo o romance,
Com toda a força do amor.
V
Você merece sentir
A plenitude da vida.
E se alguém lhe merecer,
Os dois juntos vão crescer
Com ternura e com guarida.
VI
Com responsabilidade,
Também comprometimento,
Um amor para viver,
Você pode receber
Outro reconhecimento.
VII
A missão de ser marido,
De ser pai, ser companheiro,
Dignifica o ser humano.
Se faz parte do seu plano,
Entregue-se por inteiro.
VIII
Caro Nivardo Saldanha,
Eu ouso até torcer
Na condição de um amigo.
E tudo que agora digo,
É sincero, pode crer!