MESMO DEPOIS DA MOCIDADE.

CORDÉIS EM MARTELO AGALOPADO.

O teu versar tem claridade,

Nos faz querer ver o futuro,

E mesmo depois da mocidade,

Não se fica por trás do muro,

Pensado assim vou em frente,

Não serei mais um obscuro,

Onde houver o cheiro de moça,

Peço a Deus pra que me ouça,

E vou jogando o meu charme,

Para recobrar todo meu valor.

Se esta imagem me provoca,

E logo preciso fazer versos,

Pois a minha libido dobra,

E eu me faço réu confesso,

E o pobre do meu coração,

Fica quase tendo um treco,

Eu peço a Deus por piedade,

Que inda me faça a caridade,

De namorar à esta mulher,

Ou o meu viver será malvado.

Quanta beleza está intrínseca,

A um lindo corpo feminino,

Que logo aquece minha alma,

Me faz sentir-se um menino,

Meu coração pulsa mas forte,

Eu chego a pensar em destino,

E se esta moça me der bola,

Veremos se os desejos colam,

E faremos um bom piquenique,

Se ela recusar-me eu desisto.

E neste brinde a vida em si,

Eu me senti parte das partes,

Onde o amor retrata uma arte,

E por estas que eu sobrevivi,

E desde o dia em que te vi,

Me sinto flutuando em Marte,

Tuas feições me acalentam,

Minhas tristezas se afugentam,

É muito bom está por aqui,

Pois o prazer a gente inventa.

Quando o mundo fecha em chuva,

Temos prazer em viver nas terras

E sejam sertões ou lá nas serras

Tudo tem viço e dão as certezas,

Que vem comida sobre as mesas,

Como resultado dum bom plantio,

Os animais também entram no cio,

E a reprodução é uma esperança,

Pois nesta terra de tanta bonança,

A mão de Deus faz as maravilhas.