O MEU SER VIVE O TEU CANTO

CORDÉIS EM MATELO AGALOPADO.

O congresso perde seu caráter,

Aumentando auxilio moradia,

A tristeza invade a sacristia,

Com fieis mais desanimados,

Ta pior do que fora no passado,

Os políticos ditos Brasileiros,

Parece legislarem num puteiro,

Regulando o poder do gigolor,

Uma casa regida por dinheiro,

Que arbitra esta cena do terror.

Mais eu gostei da experiência,

Sem pretensão sou um palhaço

Desbaratei muitos marasmos,

Conquistei grandes evidencias,

Como um ser que não permite,

As distorções em eloqüências,

Puxei pra mim tais holofotes,

Tal um conjunto de demência,

Quem sabe assim em outro lote,

Concedam-me a sobrevivência.

Se a cada passo em mim dilui

Perene estrada já perseguida,

Nos contraditos se concluem,

As inflamações dumas feridas,

Que mais parecem as pisaduras,

Que ganham os vãos da vida,

Dilacerando os poros e a pele,

Em um processo bem corrido,

Para desvendar todo o oficio,

De viver os grandes mistérios.

Meu corpo é alvo em demasia,

Buscam nele, seiva, inda natura,

Os germes alem das criaturas,

Auxiliadas pela brusca apatia,

A insolência das noites vazias,

E a fartura das dúvidas aludidas,

O desgaste de amores atrevidos,

Selado por ávida desesperança,

É fato que se quer a pagelança,

Me faria um ser bem constituído.

Teu semblante esta distante,

Mais teu ser é vivo e límpido,

E mesmo sendo semelhantes,

Tens contigo um algo distinto,

Te acalanta em teus prantos,

Guardas consigo um absinto,

E pedes a deus a todo instante,

Que este teu ego jogue limpo,

Para que possas te esmerar,

E superar os teus desencantos.

Tiras do mar minha presença,

Este te dar profundo encanto,

Nisto reside a minha crença,

E acalanta os meus prantos,

Quando sabido que em você,

Há um desejo que eu suplanto,

E juntos nos faremos livres,

Das magoas que visam o pranto,

A vida assim tem mais sentido,

Pois o meu ser vive o teu canto.