Quando fui te conhecer - Tu não eras quase nada - Jacó Filho -/- Miguel Jacó -/- Ansilgus

Mote - Quando fui te conhecer - Tu não eras quase nada

Original editado na sala do mestre Ansilgus:

http://www.recantodasletras.com.br/cordel/4737578

Parceria que muito me honrou com os poetas de grande categoria,

senhores Jacó Filho (este que é meu compadre) e Miguel Jacó, que

servem de referência aqui e fora do Recanto das Letras. Eles foram

grandes responsáveis por minha permanência aqui no RL. Muito grato

meus amigos. Sem vocês eu não teria escrito nada. Deus lhes pague.

Ansilgus.

Regras - oitavas de sete sílabas poéticas

Esquema de rimas ABABCDCD ou o que os parceiros optar em seus versos.

Jacó Filho compôs esses versos:

Sua história assustaria

A qualquer desavisado.

Cada vez que adquiria,

Um novo AP conjugado,

Eu lembrava de você,

Dormindo pelas calçadas...

Quando fui te conhecer ,

Tu não eras quase nada...

O fato de estar juntos,

Prova sermos parecidos...

O teu tempero atrevido,

Domina qualquer assunto...

E enquanto não morrer,

Cumpriremos a jornada

Quando fui te conhecer ,

Tu não eras quase nada...

Nosso dom pros negócios,

Foi um presente divino...

Herdado quando meninos,

E cresceu depois de sócios,

Permitiu-nos enriquecer,

Duma forma acelerada.

Quando fui te conhecer ,

Tu não eras quase nada...

Quem nos ver usando beca,

Não imagina o começo...

Só de pensar, estremeço,

Ou então faço promessa.

Que antes de envelhecer,

Terei da menta apagada...

Quando fui te conhecer ,

Tu não eras quase nada...

A sarjeta me dá forças,

Nas horas que esmoreço.

Repito que não mereço,

Volta para vida tosca...

Pois seria retroceder

Duma forma desregrada.

Quando fui te conhecer ,

Tu não eras quase nada...

A minha vida e a tua,

Juntas dariam um cordel.

Pois da tristeza agranel,

Que angariamos na rua,

Ninguém irá reconhecer,

Em riqueza transformada.

Quando fui te conhecer ,

Tu não eras quase nada...

Assegurado o patrimônio,

E nossa aposentadoria,

Começamos na poesia,

Pra manter o feromônio.

E assumindo pra valer,

Fez-se ouro, a jornada...

Quando fui te conhecer ,

Tu não eras quase nada...

Refeitas nossas biografias,

E cada um pro seu lado,

Aqui fica registrado,

Para se ler todo dia...

Digo a quem quer crescer:

Esqueça dores passadas...

Quando fui te conhecer ,

Tu não eras quase nada...

Miguel Jacó continua a seguir:

Duas pessoas estranhas,

Sem vínculos ou pretensão,

Mas a vida é uma nação,

Onde o sonho acontece,

Nem é preciso prever,

Pode vir uma emboscada,

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Uma menina acanhada,

Com os olhos de remela

Me olhava da janela,

Eu ficava encabulado,

Resolvi pagar pra ver,

Daí fiquei assanhado

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Esta futura mulher,

Foi crescendo a priori,

Hoje todo homem quer,

Não há um que não olhe,

Ela diz tu não se ver,

Podes mudar de calçada,

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Fomos trocando olhares,

Todo domingo na missa,

Eram muitos caminhares,

Quanta vontade omissa,

Então fui buscar prazer,

Mas já estava constatado,

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Havia certa arrogância,

Desprovida de maldade,

De uma recém-criança,

Agora moça formada,

Trabalhei pra desfazer,

Sua opinião formada,

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Quando lhe acometi,

Com meu olhar afiado,

Ela disse nunca vi,

Um ser tão compenetrado,

Assim dá gosto viver,

E ainda ser amada,

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Abanei com a cabeça,

Fiz um sinal positivo,

Cada um que lhe mereça,

Para mudar seu juízo,

Agora meu bem querer

Tu serás apaziguada,

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Começamos o namoro,

Era festa todo dia,

A gente fazia amor,

Desdobrando alegrias,

Ela veio me dizer,

Agora já estou grávida,

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Dei um pinote de susto,

Disfarcei logo a seguir,

Tratei de me corrigir,

Mas até me deu soluço,

Mas falei do meu prazer,

Na vida compartilhada,

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Resolvemos não casar,

Criarmos o filho juntos,

Para revolucionarmos,

Este esquentado assunto,

O importante é viver,

De forma inesperada,

QUANDO FUI TE CONHECER,

TU NÃO ERAS QUASE NADA.

Ansilgus elaborou as suas estrofes do modo abaixo:

Quando eu era pequenino

Tão pobre como ninguém

Uma joia de menino

Muito teimoso, porém,

Eu passei a perceber

Tua beleza encantada

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Todo mundo lá da vila

De certo modo queria

Mas tu muito bem tranquila

Pra ninguém dava ousadia

Claro que iria crescer

Perto ali da meninada

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Quando chegava a noitinha

Todos nós nos reunia

Pra conversar abobrinha

Tu eras só alegria

Então eu pude absorver

Que estava ali uma fada

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Quase nada bem se diga

Em relação à mulher

Fazia eu sinal de figa

Para um santo qualquer

Só para te proteger

De pessoa endiabrada

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Teu crescimento porém

Era bem acelerado

Penso que fora o xerém

Muito bem vitaminado

Que comias pra valer

Além de bela, engraçada,

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Teu corpo foi reformando

Pela própria natureza

A todos tu encantando

Com essa grande beleza

Só não fazias chover

Com sua linda risada

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Assim viraste um modelo

Que pra todos encantava

Valia pena teu zelo

Pois ao povo delirava

Teu bonito pubescer

Logo deu uma guinada

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Então não pude aguentar

Tanta paixão incontida

Meu querer a desaguar

Fez-me dar uma investida

Inda quis me refazer

Mas tu adoraste a jogada

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Daí pra frente foi fácil

Ganhei tua confiança

Tu com esse rosto grácil

Com teu cabelo de trança

O tal beijo fez nascer

A minha mulher amada

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Foi quando fui amarrado

No teu peito com fervor

Num amor idolatrado

Presente o Nosso Senhor

Que me fez abastecer

De carícia tão mimada

QUANDO FUI TE CONHECER

TU NÃO ERAS QUASE NADA

Obrigado mestre Ansilgus pelo convite,

Por sua gentileza e consideração...

Adorei...

Jacó Filho, Miguel Jacó e Ansilgus
Enviado por Jacó Filho em 21/03/2014
Reeditado em 21/03/2014
Código do texto: T4738265
Classificação de conteúdo: seguro
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