A JANELA

Ocasionalmente
Ao passar pela aquela rua
Algo vem a mente,
Uma lembrança sua.

Ao vê o primeiro andar
O passado reacende,
Impossível controlar
Sua ausência latente.

Ah, a velha escadaria
Ficamos sentados
No primeiro dia,
Tudo por você, premeditado.

A saudade aperta
Quando eu vejo ela,
Esta entreaberta
A janela.

Verde ainda é sua cor,
Mas eu vejo,
O cinza do desamor
E um empoeirado desejo.

Confidente fiel
Guardou segredos
Escreveu num cordel
Um lindo enredo.

Ao ver a janela
Volto ao passado,
Volto pra ela
Sonhando acordado.

Ao ver a janela
Me entristeço,
Estou sem ela
Pago um preço.

Ao ver a janela
Me lembro dela,
Pinto uma tela
Sem aquarela.


 
Wotson de Assis
Enviado por Wotson de Assis em 16/03/2014
Reeditado em 27/04/2014
Código do texto: T4731653
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